Cotidiano

Publicado: Quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Concessionária contesta análise de água de reservatórios feita por ONG

Teste havia apontado contaminação em alguns pontos.

Crédito: ONG Caminho das Águas/Cristiano Andreazza Concessionária contesta análise de água de reservatórios feita por ONG
A concessionária reafirma que a água tem sua potabilidade atestada por análises feitas adequadamente

A concessionária Águas de Itu divulgou na tarde desta quarta-feira, dia 12 de novembro, nota onde refuta os resultados de testes do projeto “Conversando com as Águas”, realizado pela ONG Caminho das Águas em parceria com o CEUNSP e que diziam que a água disponibilizada nos grandes reservatórios instalados provisoriamente em locais públicos não seria própria para o consumo.

A concessionária reafirma que a água tem sua potabilidade atestada por análises feitas adequadamente e que seguem parâmetros estabelecidos pelos órgãos competentes. Especificamente em relação à bica do bairro Santa Terezinha, a empresa reitera que ela é monitorada diariamente, conforme determina a Portaria 2914/11.

A Águas de Itu frisa que o relatório não demonstra os resultados físicos, químicos e bacteriológicos, relatando apenas que a água é “imprópria para consumo”. A Portaria 2914/11, que determina padrão de potabilidade, estabelece valores máximos permitidos, que não ofereçam risco à saúde. Segundo a empresa, o relatório também não revela detalhes dos parâmetros físico químicos analisados, bem como os resultados expressos em mg/l.

Porém, a ONG cita a mesma portaria para explicar sua posição. “Os resultados preliminares de nossas amostras extraídas do ponto de vista de um usuário indicaram contaminação por coliformes totais, fecais e termotolerantes. De acordo com a Portaria 2914/11 em seu Capítulo V, Art. 27 e Anexo I, deve haver ausência total de Escherichia coli (indicador de contaminação fecal) para água potável”, informa nota que pode ser vista aqui.

A ONG também afirma que a finalidade dos estudos em parceria com o CEUNSP, que não são conclusivos, é unir atividades de educação socioambiental comunitária com atividades de pesquisa e extensão acadêmica.

A concessionária ressalta que a água disponibilizada nos reservatórios citados e em todos os demais instalados na cidade é permanentemente analisada nos seus laboratórios e de terceiros acreditados pelo Inmetro e as análises fiscalizadas pela Agência Reguladora. A água que abastece os reservatórios é clorada e fluoretada e conta com laudos que indicam sua potabilidade.

Segundo a empresa, ainda esta semana começa a retirada de alguns dos reservatórios. A medida é consequência do maior volume de água disponibilizada na rede. A desativação desses reservatórios será feita de forma gradativa. A concessionária destaca que vai manter armazenados esses grandes reservatórios para, em caso de necessidade, voltar a colocá-los à disposição da população como uma opção de abastecimento emergencial.

Kit alternativo

Ainda segundo a ONG, o objetivo do projeto é o desenvolvimento de um “kit alternativo” de emergência e baixo custo para que pessoas comuns possam fazer o monitoramento da água que consome. Para a construção desse kit, o método de coleta escolhido tem sido o de simular a captação de água do ponto de vista do usuário, o que implica em possibilidades de contaminação da amostra.

Tratamento da água

A ONG também informa que decidiu iniciar uma campanha espontânea acerca do tratamento de toda e qualquer água coletada em situações de emergência em Itu. “É de suma importância que as pessoas tratem com duas gotas de água sanitária por litro de água captada emergencialmente, deixando em repouso por 30 minutos. Ou ferva a água entre 5 a 10 minutos, aguarde esfriar e chacoalhe ao consumir”, informa a nota.

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