Publicado: Segunda-feira, 24 de novembro de 2008
SAÚDE 2.0 - Mix sabor Internet e a Arte de Curar
A Saúde deste século tem uma importante aliada, a Web 2.0. Estou falando em sânscrito? Não, isso é futuro-presente. A Web 2.0 tornou o mundo mais comunicativo, interativo e mais sábio. Foi-se o tempo quando a medicina era sinônimo de poder, autoridade e a relação com o médico era inquestionável.
Hoje, as pessoas querem informações consistentes, parcerias entre os semelhantes, um futuro e uma solução mais rápida para seus problemas.
Muitos ainda tangenciam o mundo internáutico com medo da perda do espaço do olhar clínico. Mas não é isso que ocorre: desarmem-se! Isso é uma PARCERIA...
Em junho desse ano, o Google encomendou uma pesquisa sobre o uso da internet no Brasil por médicos à Media-Screen. A pesquisa envolveu 200 médicos em todo o país e tinha como filtro a necessidade do médico ter pesquisado questões de saúde ou médicas na internet no último mês. Resultado: 80% dos médicos participantes usam a internet para manterem-se atualizados com pesquisas e melhores práticas. Média de quatro horas por dia online. Mais da metade dos médicos apontou que pacientes que usam a internet tendem a ser mais informados sobre questões de saúde e médicas e também fazem demandas mais específicas influenciados pelas informações que coletam na internet, e esses mesmos pacientes podem ser mais fáceis de serem tratados e entendem melhor o tratamento.
O papel do médico ganha dois novos perfis: ele pode se adaptar às oportunidades oferecidas por esse universo de informações online ou pode inovar sua relação com a Saúde através da interatividade com as redes sociais de Saúde.
É condição de sobrevivência saber distinguir (e esclarecer pacientes) as informações maciças das informações de qualidade. Isso não é fácil. É recomendada a consulta a sites oficiais de sociedades ou jornais científicos de credibilidade ou universidades, visando fugir de armadilhas sensacionalistas, de comercialização e testes insanos que rondam o mundo da Saúde e as informações globalizadas.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo lançou em 2001 um “Manual de Princípios Éticos para sites de Medicina e Saúde”, baseado na resolução 97/2001 do CREMESP – essa é uma boa dica para iniciantes.
Os determinantes sociais da Saúde estão formando verdadeiras redes, espaços com temas específicos que levam a discussão de problemas comuns e troca de experiências. Com isso, a globalização da informação é um importante instrumento para duras batalhas contra inimigos invisíveis, raros ou epidêmicos.
O aumento do poder de participação dos pacientes nos seus tratamentos ou nas situações que circundam sua condição de saúde é fundamental para o médico estabelecer uma boa relação médico - paciente. A comunicação é tudo! A franqueza e transparência nessa relação torna esse espaço mais produtivo e não uma faca no pescoço.
Pesquisas mostram que a busca de informações sobre saúde é um dos usos mais importantes na internet, através de comunidades virtuais, redes sociais, comunidades de solidariedade relativas às mais diferentes doenças, Serviços de Tele Medicina, etc.
As iniciativas que surgem na internet conduzem pesquisadores da área de saúde a se aprofundarem na internet, nos impactos na relação médico-paciente, nos grupos e redes sociais que se constroem; na validação de conhecimentos, na área de gestão, da popularização da saúde, na pesquisa e na informação aos usuários.
Resumindo, a maior vantagem que as tecnologias Web 2.0 trazem aos pacientes, médicos e empresas da saúde é a utilização do acesso global e serviços de redes sociais para compactar a sabedoria e ampliar conexões entre “semelhantes”.
São mais de 40 milhões de internautas no Brasil e, junto com o movimento da WEB 2.0 e suas ferramentas participativas, se somam mais de 300 milhões de redes sociais.
Assustou-se? Respire fundo, isso é o futuro batendo na sua porta.
INTERNET-SE...
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