A boa escola em São Paulo é a que viola a lei
Muito comum pessoas dizerem que escola boa é a de antigamente. Os alunos morriam de medo de tudo. Os professores podiam usar a palmatória e que bater em criança não as faz virar bandido quando adulto.
Um argumento equivocado se vermos que o mundo de hoje, mergulhado na corrupção, na miséria moral e nas drogas é fruto de uma educação violenta. Aliás é deseducação e que não forma cidadão consciente para a vida.
Votamos em palhaços. Votamos em ladrão e aceitamos a corrupção como inevitável. Não temos nem a consciência mínima do dever cívico. Tão desconsiderados que fomos e tão mal educados que vem a democracia e não sabemos usar nem essa arma tão poderosa que é o voto.
A imprensa, quarto poder, também não tem.
Imprensa livre informa e forma consciência. Elege e depõe presidentes, ainda não saiu da vala comum de achar que escola boa é a escola que reprime o sagrado direito do aluno, que é o direito da opinião e expressão, só para citar um pequeno exemplo.
Endeusam professores em prejuízo do educador. Demonizam aluno e os responsabilizam pelo fracasso da escola.
Agora divulgam duas escolas autoritárias brutais. A direção de uma delas, a Escola Ezequiel de Souza em Taubaté, SP, numa entrevista ao IG, conta como burla a lei : ela não suspende aluno, que é proibido. Ela “convida” o aluno a ficar em casa.
Qualquer coisa (dita por ela), qualquer coisa ela faz Boletim de Ocorrência. Chama constantemente os pais na escola, desconsiderando que pais são trabalhadores e que não estão a disposição dela.
Uma sucessão de falta de respeito a todos, pais e alunos. Uma arrogância de quem se acha autoridade uma senhora feudal que faz as suas próprias leis, e ai de quem não obedecer.
Outra escola é na periferia de São Paulo. Parelheiros é a região mais pobre do estado. Um lugar onde as queixas de violação de direito de pais e alunos, são montanhas de papeis que ficam de gabinete em gabinete e não dão em nada. Faltam vagas e fecham escolas.
A E.Carlos Cathony é uma escola excludente, onde só faz exame do Enem poucos alunos.
Obriga a uso de uniforme e os vende. Uma das violações da lei, que diz ser proibido a obrigatoriedade do uso de uniforme em escola pública. Uma escola que não respeita a lei, que tipo de cidadão estará formando ?
Não incomoda tanto a escola ser hostil, autoritária, violar as leis e dar péssimos exemplos.
Mais do que escola que DEFORMA cidadão, é ver veículos de informação, como o Diário de São Paulo e o IG, divulgar e elogiar essas escolas.
Queremos, precisamos de uma imprensa livre. A imprensa livre é um dos pilares importantes da democracia, mas a imprensa de São Paulo, precisa acordar.
Sem imprensa comprometida com a educação, uma imprensa que entenda que aluno é prioridade, nada feito…
Valorizar o educador não é tratar o professor como santo abnegado ou herói que está fazendo um grande favor ao povo.
Só teremos um pais próspero com educaçao e para isso a imprensa é peça chave.
Fundamental que a imprensa não valorize escola autoritária, excludente.