Economia & Negócios

Publicado: Quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Confira a entrevista com Otto Miranda, do portal Desconto na Cidade

Atualmente, Miranda é Diretor de Marketing do site.

Itu.com.br - Como funcionam os sites de compra coletiva? A maioria dos portais atua da mesma forma?

Otto Miranda - Os sites em geral funcionam de forma bastante semelhante e têm, inclusive, uma “cara” bastante parecida. O que, com certeza, irá diferenciar um site dos demais, e isso ficará a cada dia mais evidente, será a forma como o site se relaciona com seus clientes.

E três coisas certamente terão destaque neste relacionamento:

1) As mais óbvias, porém de extrema importância, são: o impacto visual e as estratégias utilizadas para prender a atenção dos usuários;

2) Outro fator primordial será a facilidade de uso do site e dos mecanismos a ele inerente (o uso do cupom, o pagamento, o acesso a informações necessárias, etc.). Neste sentido, uma novidade que o Desconto na Cidade está trazendo, e que ainda é praticamente inexplorada no Brasil, é a possibilidade de o usuário se conectar ao site utilizando apenas então somente seu cadastro já existente no Facebook;

3) E, por último, mas não menos importante, o principal fator que diferenciará os sites será seu relacionamento com cada cliente. Em qualquer mercado em franca expansão o primeiro problema a ocorrer é a despersonalização dos serviços e o declínio do contato da entidade prestadora de serviços com seus usuários. E é exatamente por isso que o Desconto na Cidade recentemente concretizou uma parceria com uma sólida empresa do mercado de serviços web para melhor atender a cada um de seus usuários.

Itu.com.br - Que o consumidor ganha muito com esse novo estilo de marcados não nos resta dúvidas. E as empresas que se tornaram parceiras desse tipo de site, qual é a vantagem que elas levam?

Otto Miranda -Considerando-se apenas o ganho financeiro e imediato, a matemática é bastante simples: quanto menos o consumidor paga, menos o fornecedor fatura. Esta visão estreita é o erro de muitos empresários, alguns até com bastante experiência no mercado. A questão no que se refere às compras coletivas vai muito além dos ganhos financeiros e, principalmente, dos ganhos imediatos.

Os anúncios em sites de compras coletivas são, na verdade, uma publicidade, e não uma forma de obter ganhos rápidos. Porém, quando se faz esse tipo de anúncio, o valor gasto não é imposto pela empresa anunciante. Este valor é negociado em forma de descontos para o usuário final, que podem variar de 50 a 90% (em geral).

Outra enorme vantagem deste tipo de publicidade é a possibilidade de obter dados precisos sobre o alcance que a divulgação obteve (através da quantidade de compras realizadas) e sobre os ganhos e gastos envolvidos na operação. Para potencializar ainda mais tudo isso, o Desconto na Cidade investiu pesadamente em um painel de controle claro e detalhado na medida certa para tornar a comunicação com os seus parceiros a mais transparente possível.

Itu.com.br - De um modo geral, como funciona a parceria das empresas com estes tipos de ferramenta? Pode nos explicar um pouco sobre estes “mecanismos internos”?

Otto Miranda - Os sites que divulgam as ofertas cobram sempre uma porcentagem dos ganhos conseguidos através das vendas. Quando a quantidade mínima de vendas não é batida (o que muito raramente acontece), ninguém ganha, nem site nem empresa parceira. E quando as vendas vão bem, ambos ganham bem (lembrando que o objetivo principal da empresa parceira não pode ser o ganho financeiro imediato).

Mas os mecanismos internos não podem se limitar ao simples anúncio em troca de porcentagens de venda, uma negociação transparente, a cooperação de ambas as partes durante todo o processo e uma divulgação clara dos resultados obtidos são características indispensáveis para uma relação saudável site x empresas parceiras.

Itu.com.br - O que mudou na vida dos consumidores com a chegada dos sites de compra coletiva?

Otto Miranda - Os sites de compra coletiva entram como um grande catalisador, um gatilho que dispara um efeito bola de neve entre consumidores e empresas (principalmente em se tratando de empresas pequenas e em início de atividades). Tudo se inicia com a diversão entre amigos na procura pelas melhores ofertas. É claro que, mais divertido que procurar as ofertas é aproveitá-las.

Mas aí é que vem a melhor parte. Isto dá às pessoas a oportunidade de conhecer serviços que, de outra forma, elas nunca conheceriam, gerando assim um grande volume de negócios. O grande volume de negócios gera oportunidade de crescimento para as empresas, que por sua vez passam a poder atender melhor a seus clientes e realizar novas divulgações. É assim que a bola de neve começa a correr. Porém, onde ela pára é algo que não dá para prever.

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