Economia & Negócios

Publicado: Segunda-feira, 17 de maio de 2010

Você sabia que existe o Dia da Liberdade de Impostos?

Data visa a conscientização sobre nossa elevada tributação.

Por Leandro Sarubo

145 dias. Foi este o tempo que eu e você precisamos para pagar todos os tributos cobrados pelos governos municipais, estaduais e federais em 2009. E é o tempo que levaremos em 2010. Ricos ou pobres, os brasileiros têm perdido cinco meses do ano com o pagamento de taxas, impostos e contribuições. Em 1970 gastávamos 76 dias. Em 1980, 77. Nos anos 1990, com Plano Real e um período de democracia com maior solidez, 102. Mais um pouco e perderemos meio ano.

A elevada carga tributária brasileira não é herança de um governo em específico. A gestão Luiz Inácio Lula da Silva, além de não se preocupar em aliviar o bolso dos trabalhadores, será irremediavelmente relacionada às políticas que elevaram brutalmente o gasto público, através da criação de estatais, secretarias e até ministérios. 

Este inchaço, que não trouxe resultados vívidos para nossa economia ou qualidade de vida se revela como um grande entrave para qualquer tentativa de reforma que vise aliviar nosso bolso. E não adianta o governo dizer que os mais ricos sofrem mais. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) afirma que os brasileiros que ganham até dois salários mínimos deixam 54% de seu rico dinheirinho para o papai Estado.

Para chamar a atenção da opinião pública para esta questão, o Instituto Millenium, em parceria com o OrdemLivre.org, realizará, em diversas cidades do país, o lançamento nacional do Dia da Liberdade de Impostos, que acontece dia 22, no Rio de Janeiro, e se estenderá a outras capitais até o dia 25, quando vamos trabalhar pelo último dia do ano para pagar taxas.

Na ocasião, a população poderá comprar gasolina sem o acréscimo dos tributos (impostos + contribuições), que somam 53,03% do valor do produto. Os impostos serão debitados pelas entidades organizadoras. Em tempos de pré-campanha presidencial onde os três principais candidatos fogem das perguntas sobre economia, só resta mesmo ao Brasil as ações da sociedade.

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