Brasil bate recorde de adesões na Hora do Planeta
A cidade do Rio de Janeiro participou com força total.
Camila BertolazziEm um cenário inspirador, com a praia de Ipanema e vista para o Morro Dois Irmãos de um lado, o mar de Copacabana e as pedras do Arpoador do outro, centenas de pessoas celebraram a Hora do Planeta 2012 no Rio de Janeiro.
O evento começou cedo, por volta das 17 horas. Em clima de festa de rua, artistas populares alegraram o pré Hora do Planeta com acrobacias, saltos, palhaçadas e esculturas infláveis. Os responsáveis pela animação foram os grupos cariocas: Será o Benidito? e Barracão Maravilha. Crianças e famílias aproveitaram a programação. “Elas se divertem e nós aproveitamos para conscientizá-las explicando porque vai apagar”, disse Roberto Pons, morador de Ipanema, que participou do evento.
O Apagão
Às 20h30, as luzes se apagaram, as lanternas se acenderam e a música começou a tocar. Os representantes das empresas patrocinadoras, da prefeitura da cidade e do WWF-Brasil desligaram o interruptor que apagou simbolicamente os monumentos da cidade. O Arpoador também ficou no escuro.
Participaram da cerimônia a representante da TIM, Glória Rubião, o diretor comercial de operações do Pão de Açúcar, Paulo Drago, o secretário de conservação do Rio de Janeiro, Carlos Osório, o diretor presidente da Rio Luz, Henrique Pinto, a Superintendente de Comunicação e Engajamento do WWF-Brasil, Regina Cavini, e o secretário de Meio Ambiente do estado do Rio, Carlos Minc.
“Para o Rio de Janeiro é um orgulho sediar a Hora do Planeta. Temos a missão de fazer do Rio de Janeiro uma referência em sustentabilidade e aproveitamos a ocasião para pedir aos cariocas que sejam sustentáveis”, disse o secretário Carlos Osório. De acordo com Carlos Minc, “a Hora do Planeta é o apagar das luzes para acender uma ideia que vai fazer a diferença”.
As luzes de LED iluminaram o ambiente e centenas de pessoas, de rosto pintado com tinta brilhante dançaram ao som da música discotecada pelo Nuvem Móvel, grupo de artistas cariocas que promove festas itinerantes e usa equipamentos de som montados em bicicletas com sistema movido a bateria recarregável.
Os dançarinos do grupo “Pague e Leve” completaram o cenário lúdico da festa dançando com o corpo coberto de luzes coloridas ao lado de malabaristas e pirofagistas (artistas que fazem performance engolindo fogo). “A Hora do Planeta é uma iniciativa legal que chama a atenção para uma causa, mas é preciso continuar, não basta fazer isso durante uma hora”, disse a artista plástica Debora Jacomo, que ano passado apagou as luzes de sua casa e este ano resolveu conferir a celebração no Arpoador. Jacomo disse que, como seu compromisso é ir além da Hora, vai separar e reciclar seu lixo.
A estudante de biologia de 17 anos, Giuliana Ferrari, também participou do ato simbólico pelo meio ambiente no Arpoador. Afiliada ao WWF-Brasil há dois anos, ano passado ela acompanhou a Hora do Planeta na orla de Copacabana. “Desde criança eu sempre gostei da natureza e fui crescendo e aprendendo que realmente minhas ações têm impacto”, reforçou Giuliana, que se comprometeu a “maneirar” no consumo de embalagens plásticas.
Regina Cavini, do WWF-Brasil destacou que o esforço de divulgação e organização da Hora do Planeta é sempre gratificante. “É o quarto ano do movimento no Brasil e a cada ano conseguimos espalhar mais longe a mensagem de que é preciso agir para combater as mudanças climáticas e proteger a vida no nosso planeta”, afirmou.
“As cidades estão engajadas – são 133 municípios, entre os quais todas as capitais do país, o que é um número incrível - assim como as empresas e cidadãos. Ver toda essa adesão nos enche de esperança de que é possível um futuro em que as pessoas vivam em harmonia com a natureza”, completou a superintendente.
Às 21h30, as luzes se acenderam novamente, mas a mobilização continua. Cada um pode agora usar a sua criatividade para continuar fazendo a diferença.