Dia do Jornalista - Camila Bertolazzi
Camila Bertolazzi
Qual a missão do jornalista?
É contar histórias, é transformar vidas, é viver a dura realidade e fazer isso com muito amor e paixão.
Qual o maior desafio?
Toda profissão tem seu desafio diário, com certeza, isso não é diferente no jornalismo; mas, felizmente eu ainda não encontrei nenhum grande o suficiente que tenha se tornado insuperável, apenas desafios que tenham acrescentado algo mais para a minha vida profissional e pessoal.
Qual o seu sonho como jornalista?
Como jornalista, meu grande sonho é ser reconhecida pelos serviços prestados à sociedade.
Qual é o tipo de mídia com que mais se identifica?
Eu sou completamente apaixonada pelo jornalismo e por tudo que ele representa e envolve. Sou fascinada pela rapidez e praticidade do rádio e da Internet, pela magia da televisão e pelo conservadorismo do jornal, mas o que mais me encanta são os textos de revista, didáticos e completos, e geralmente com a estética impecável.
Como você descobriu que queria ser jornalista?
Acredito que o jornalismo é um dom, que nasce com a pessoa ou pode ser adquirido – em alguns casos – na prática. No meu caso, que descobri a beleza e a importância dessa profissão quando ainda era criança, ele [o dom] apenas está sendo aperfeiçoado diariamente. Ou seja, não me descobri jornalista porque gosto de ler, escrever ou porque tenho uma facilidade incrível de me comunicar, mas sim porque faz parte de mim.
Conte uma reportagem que mudou sua vida.
Acho impossível não aprender com o nosso trabalho – pesquisas, entrevistas e produção. Pode ser o mínimo, mas todo assunto abordado nos acrescenta algo. Guardo três, em especial, que marcaram e muito. A primeira foi sobre entidades assistenciais de Itu. Entre as ongs selecionadas, visitei a AMAI (Associação dos Amigos dos Autistas de Itu) que, como o próprio nome diz, cuida de crianças, jovens e adultos com autismo. Foi certamente uma experiência inesquecível. Alguns meses depois, usei o mesmo tema – autistas – em um documentário de TV na faculdade. Dessa vez, meu grupo e eu fizemos uma analogia ao filme Peter Pan, comparando as crianças que nunca crescem com as crianças do filme que vivem em um mundo imaginário.
A segunda foi a cobertura feita durante a visita do papa Bento XVI ao Brasil, em 2007. Lá eu acompanhei de perto o trabalho de grandes nomes do jornalismo. Foi também a primeira vez que usei e abusei de vídeos, áudios e fotos, tudo na velocidade exigida pela Internet.
E a terceira foi, inclusive, tema do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): a vida dos moradores de um cortiço em Itu. Convivi durante um ano e meio com mais de 30 pessoas que traziam consigo uma realidade ainda desconhecida para mim.
Complete a frase: "Se eu pudesse fazer um mundo melhor como jornalista, eu...
... Mostraria que se pararmos de reclamar e tomarmos alguma atitude, nós conseguiremos viver em um lugar onde respeito, educação, partilha e amor, convivem diretamente com cada um de nós”.
Camila Bertolazzi é formada em jornalismo pela Universidade de Sorocaba e editora do portal de notícias Itu.com.br.
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