Sustentabilidade

Publicado: Quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Óleo de cozinha vira biodiesel em Indaiatuba

O mascote Chandy ajudará na campanha de coleta.

Óleo de cozinha vira biodiesel em Indaiatuba
O óleo jogado na pia pode ser reciclado
O mascote e várias peças promocionais do “Projeto Biodiesel Urbano – Por uma Indaiatuba Saudável” serão apresentados nesta quinta-feira durante coletiva para imprensa. O objetivo da campanha é ampliar a coleta de óleo de cozinha usado.

O mascote, desenvolvido pelo chargista de Indaiatuba Alexandre de Brito Melo, o Chandy, estará impresso em camisetas, bonés, adesivos, cartazes, e outras peças de divulgação.
 
Instalada em junho de 2006, a Usina de Biodiesel de Indaiatuba é pioneira, no mundo, na produção desse tipo de combustível, tendo por insumo o óleo de cozinha usado. O projeto é uma parceira entre a Prefeitura de Indaiatuba, Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), Universidade de Campinas e Instituto Harpia Harpyia.
 
Em novembro de 2006 foi iniciada efetivamente a produção, tendo sido coletados até agosto, cerca de 55 mil litros de óleo saturado, doados por bares, restaurantes e população em geral ao SAAE. Esse é o mesmo volume de biodiesel produzido, em razão do que é descartado na produção ser equivalente ao que é reaproveitado e adicionado em termos de catalisadores e outros reagentes. Faltava, no entanto, uma identidade visual para a campanha. É isso que acontece quinta-feira, no gabinete do prefeito José Onério.
 
No Projeto Biodiesel Urbano, equipamentos, tecnologia e catalisadores são patentes da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, e dos professores Antonio José da Silva Maciel e Oswaldo Candido Lopes, da mesma faculdade.
 
A população demonstra estar bastante sensibilizada com o projeto, encontrando nele uma forma fácil e simples de contribuir para evitar a poluição do meio ambiente. Cada litro de óleo saturado descartado no ralo da pia da cozinha que chega a um manancial polui um milhão de litros de água, além de dificultar e encarecer o tratamento de esgotos.
 
As crianças, particularmente, se mostram as mais sensíveis ao apelo pela doação de óleo de cozinha saturado, pressionando os pais para recolherem o óleo usado em garrafas de plástico (pet), que podem ser entregues em 14 pontos de coleta distribuídos na cidade.
 
Economia e Inclusão Social

Com um custo estimado de R$ 0,80, o biodiesel produzido pela usina de Indaiatuba está sendo testado em vários veículos e equipamentos, como retroescavadeiras da frota do SAAE. Alguns veículos são movidos 100% a biodiesel, sem qualquer prejuízo para o desempenho do motor.
 
Toda renda gerada pelo biodiesel produzido na usina de Indaiatuba será destinada ao Fundo Municipal de Alimentação e Nutrição. Os recursos serão empregados em projetos de inclusão de social.
 
Selo Biodiesel

Na nova usina está projetada a construção de um laboratório que análise da qualidade do óleo de cozinha usado doado, para orientar o doador. O laudo pretende descriminar as condições em que o óleo foi usado em frituras em bares e restaurantes, para saber se o mesmo foi usado corretamente. Dessa forma será possível certificar com o selo “Projeto Biodiesel Urbano - Por uma Indaiatuba Saudável”, os estabelecimentos comerciais parceiros do projeto.
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