Bem estar

Publicado: Quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Brasil terá tecnologia mais segura de transfusão

O kit poderá detectar, em menos tempo, o vírus da Aids.

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Ministério da Saúde, concluirá em 2009, o desenvolvimento do kit brasileiro NAT HIV/HCV – um sistema informatizado para testes de HIV (vírus da aids) e de HCV (hepatite C). Ele será utilizado na triagem sorológica dos serviços de hemoterapia e, comparado ao teste tradicional, tem a vantagem de reduzir a chamada janela imunológica – tempo contado desde a infecção em que o vírus não é diagnosticado no exame de sangue. A nova tecnologia, genuinamente brasileira, trará mais segurança para as transfusões sanguíneas e tem previsão de ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2010.
 
Com o kit, a janela imunológica para a detecção do HIV, que hoje é de 21 dias, cairá para oito. No caso do HCV, o tempo será reduzido de 72 para 14 dias. Esse avanço é possível porque o NAT HIV/HCV tem a capacidade de detectar o material genético do vírus no sangue, enquanto o tradicional teste Elisa depende do surgimento de anticorpos. “O kit brasileiro vai elevar a competência técnica da hemorrede, que passará a utilizar na rotina um teste de diagnóstico molecular de ponta e com excelente padrão científico e tecnológico”, afirma Akira Homma, diretor de Bio-Manguinhos.
 
Desde 2004, o projeto NAT é desenvolvido pelo Ministério da Saúde por meio da Coordenação da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados, Fiocruz, Secretaria de Ciência e Tecnologia, Secretaria de Vigilância em Saúde, Anvisa e Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás). Atuam como parceiros a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia; a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e representantes de toda a hemorrede do SUS.
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