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Publicado: Terça-feira, 30 de agosto de 2011

Curso intensivo de 'Emergências Psiquiátricas' acontece em Indaiatuba

O evento ocorreu no dia 27 de agosto.

O curso intensivo de ‘Emergências Psiquiátricas’, promovido por meio da equipe de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Indaiatuba, aconteceu no dia 27 de agosto, no auditório da Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (Fiec) Unidade II, bairro Cidade Nova. Cerca de 50 profissionais da rede de saúde pública e hospitalar do município, inclusive enfermeiros do Mini Hospital, participaram do curso.

A médica psiquiatra e auditora da Secretaria de Saúde, Williane Lika Akashi, foi a primeira palestrante do dia. Ela abordou o fluxo de saúde mental de Indaiatuba, que compreende todos os serviços relacionados à psiquiatria oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que conta com o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps I) para atendimento de crianças e jovens até 17 anos e Caps II, que oferece assistência e tratamento de transtornos graves e severos. Em breve, o município contará com o Caps AD 24 horas.

O enfermeiro Alexandro Menegócio, do Caps AD, falou sobre a reforma psiquiátrica iniciada em 1971, que transformou o modelo de atendimento aos doentes psiquiátricos. “Os tratamentos, que mantinham os pacientes isolados em hospitais especializados, tornara-se mais inclusivos e humanizados com a implantação dos centros de atenção psicossocial”, destacou.

As principais psicopatias e os efeitos das drogas mais consumidas foram abordados pelo psiquiatra doutor Rogério Kirshaum. Os organizadores da capacitação fizeram ainda uma demonstração sobre como conter um paciente em crise. “É preciso entender que o doente mental é uma pessoa normal portadora de uma doença e que às vezes tem surtos. O diálogo é de grande importância nessa situação”, destacou doutora Lika. Os participantes tiveram oportunidades para tirar dúvidas sobre como lidar com pacientes em crise psiquiátrica.

Segundo a coordenadora do Caps AD, Eliana Quilici, o curso visa a melhoria da assistência aos pacientes psiquiátricos do município. O próximo curso, ainda sem data prevista, abordará a dependência química.

Segundo a Secretaria de Saúde, 3% da população sofre com transtornos mentais severos e persistentes, mais de 6% apresenta transtornos psiquiátricos graves decorrentes ao uso de álcool e outras drogas; e 12% necessita de algum atendimento em saúde mental, seja ele contínuo ou eventual.

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