Salto promove nova campanha contra a dengue

Crédito: A.I / Prefeitura de Salto

Apesar de ainda não ter nenhum caso confirmado de dengue na cidade este ano, a Secretaria da Saúde de Salto já está em alerta sobre o assunto e desenvolve uma nova campanha de combate à doença, que informará que a dengue pode matar. Além disso, a equipe de zoonoses continua um trabalho intenso na cidade, uma vez que 80% da concentração de larva ocorre nas residências.

“Peço para que todos sejam multiplicadores. Temos uma equipe especializada, mas a responsabilidade não é somente do poder público”, alerta o secretário da saúde Luiz Eduardo Collaço, que garante que as Unidades Básicas de Saúde estão preparadas em caso de confirmação da dengue.

O secretário solicita também que todos reflitam sobre o texto abaixo:

Apenas 10 minutos *

Se estivermos assistindo à TV, lendo um bom livro ou batendo papo com os amigos, 10 minutos passam voando, não é mesmo? Pois é esse tempo curtinho que precisamos dedicar, uma vez por semana, para manter nossas casas livres do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

Por que só 10 minutos bastam, uma vez por semana? A resposta é simples e está na biologia do mosquito: ele demora em média uma semana para sair da fase de ovo e se transformar num mosquito adulto. Se, dentro deste prazo, todos os focos potenciais do mosquito forem inspecionados e eliminados os recipientes com água parada, o ovo não tem chance de se transformar num mosquito adulto,capaz de transmitir a dengue.

O Aedes aegypti está totalmente adaptado ao ambiente urbano, é oportunista e tem as nossas casas como local preferencial para colocar seus ovos.

Com o conhecimento que já possuímos sobre o mosquito, é possível afirmar que a estratégia mais eficaz de controle e prevenção contra a dengue é, de longe, a eliminação desses focos.

Dez minutos da semana de cada cidadão dedicados à verificação, em sua própria casa, do acúmulo de água em calhas, ralos, bandejas de geladeira e arcondicionado, entre outros locais, e a vedação adequada da caixa d’água, por exemplo, fazem a diferença na luta para frear a proliferação do Aedes aegypti”.

A dengue é um problema que desafia a todos, porque já não é apenas um problema de saúde pública, mas também de educação, de comunicação e de mobilização. As ações para combatê-la não podem ser delegadas apenas aos governos. Se cada um fizer sua parte, temos mais chance de alcançar o sucesso na luta contra a doença.

Se pararmos para pensar, 10 minutos por semana representam pouco mais de um minuto por dia! Para prevenir uma doença que pode trazer tragédia para as famílias, vale muito a pena.

*Denise Valle: Entomologista-chefe do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do Instituto Oswaldo Cruz.
O Dia Online/RJ - 03 de dezembro de 2010

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