História da Terapia por Ondas de Choque
Camila Bertolazzi
Durante a última Guerra Mundial, foi observado que marinheiros nadadores, os quais foram expostos a explosões de bombas, apresentavam-se intactos externamente, porém, em seus tecidos internos apareciam sinais de regeneração celular ou leve trauma, o que foi atribuído às ondas de choque propagadas dentro da água, desencadeadas por estas explosões. Assim, surgiu, rapidamente, o interesse pelos efeitos biológicos e uso médico destas ondas.
A terapia por ondas de choque extracorpórea é usada desde os meados da década de 80 na especialidade de urologia, para o tratamento de pacientes com cálculos renais. Neste segmento, o método também é conhecido como Litotripsia.
No início da década de 90, países europeus como Alemanha e Áustria, através de estudos científicos, verificaram que este método de tratamento também era eficaz em patologias ortopédicas, e devido aos bons resultados da terapia, em 1997 foi constituída a Sociedade Européia de Terapia por ondas de choque, chamada de "European Society For Muscoloskeletal Shockwave Therapy (ESMST)".
1971: 1ª desintegração de cálculo renal (Haeusler / Kiefer)
1986: 1ª aplicação em osso de cobaias (Haupt)
1988: 1º tratamento pseudoartrose em humano (Valchanov)
1992: 1º tratamento tendinose calcárea no ombro (Dahmen / Loew)
Com a repercussão dos bons resultados e maior interesse por parte da sociedade mundial de ortopedia, em 1998, foi fundada a Sociedade Internacional chamada de "International Society For Muscoloskeletal Shockwave Therapy (ISMST)".
Atualmente 34 países são associados à Sociedade Internacional de Terapia de Ondas de Choque (ISMST) e estão desenvolvendo sua divulgação e resultados. O Brasil é um deles.
Fonte: Sociedade Brasileira de Terapia por Ondas de Choque