Atração do SWU em Itu, Incubus é conhecida pela mistura de ritmos

Por Renan Pereira

Dando seguimento à série de reportagens sobre as bandas que se apresentarão no SWU Music And Arts, em Itu (evento conhecido a princípio como Woodstock), falaremos nesta semana sobre o Incubus. A banda de rock alternativo da Califórnia (EUA) foi formada oficialmente em 1991 (mesma época da Dave Matthews Band) e é conhecida pela mistura de ritmos em seu som: hip hop e música eletrônica são somente alguns dos ingredientes.

O nome Incubus (em latim) tem origem na mitologia ocidental e faz alusão a um demônio que representa uma figura sexual. Formada pelo vocalista Brandon Boyd, pelo guitarrista Mike Einziger e pelo baterista Jose Pasillas, o grupo atingiu um bom status na cena musical depois do lançamento de “Make Yourself” (1999) – álbum aclamado pelo público e bem recebido pela crítica. Músicas como “Pardon me”, “Drive” e “Privilege” destacaram-se rapidamente no cenário musical americano.

Apesar da alcunha de banda ‘experimental’, quem escuta o som do Incubus a princípio mal imagina que o grupo começou com um projeto de metal pesado tocando covers de bandas como Megadeth e Metallica. “A banda teve uma fase bem pesada, mas mesmo assim, quando a conheci nem desconfiei que grupos de metal haviam servido de influência. Afinal, sempre achei mais próxima as constantes comparações a Red Hot Chili Peppers e outros grupos”, disse a fã da banda Juliana Macedo.

Com o passar do tempo o conjunto ganhou mais dois integrantes, que foram responsáveis por acrescentar ainda mais pimenta à salada musical do grupo: o baixista Ben Kenney (ex-The Roots) e o DJ Kilmore (turntables e piano). “Não há como negar: o grande diferencial do Incubus é essa mescla de instrumentos e ritmos. Isso faz com que a banda seja completamente original. O som vai muito além do rock and roll”, destaca Juliana.

Em todos estes anos de estrada, vários prêmios foram conquistados pelos músicos da Incubus, inclusive pelos seus clipes, sempre muito bem elaborados. Apesar de aparentemente sempre ter levado sua ideologia a sério, foi no álbum “A Crow Left of the Murder” (2004) que o frontman Boyd demonstrou toda a sua revolta política e a sua aversão ao então presidente dos EUA, George W. Bush. “Ei megalomaníaco, você não é Jesus! Lave suas mãos para se limpar de si mesmo e demita-se!”, diz a letra da música Megalomaniac.

Agora, dois anos depois do lançamento do álbum “Light Granades”, o Incubus prepara as malas para o Brasil e, logo, na cidade de Itu. A expectativa é grande, o músico sorocabano Édpo Francisco conhece a banda há cerca de um ano e está ansioso para ver a apresentação. “Jamais imaginei assistir a um show do Incubus aqui na cidade de Itu. Com certeza a música Anna Molly é um hit que não poderá faltar”.

Conhecida pela sua postura agressiva e ousada nos palcos, o grupo deve trazer para Itu os grandes sucessos desenvolvidos ao longo dos seus 19 anos de carreira. Músicas já consagradas como “Drive”, “Love Hurts”, “Dig” e “Warning” são, sem dúvidas, clássicos que não podem ficar de fora da apresentação. E também “Anna Molly” e “Martini”, ou talvez “Echo” e “Circle”. Pensando bem é melhor pararmos por aqui e deixar para que você opine sobre o repertório do show. Afinal, de previsível o Incubus não tem nada, não é mesmo?

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