Publicado: Terça-feira, 10 de abril de 2007
Visite a natureza em forma de arte
Conheça o trabalho do fotógrafo Yuri Messas.
Camila BertolazziO ituano Yuri Fanchini Messas tem 17 anos e sua paixão por fotografia começou aos 13. A natureza, especialmente a Mata Atlântica, é sua grande inspiração e ele não perde oportunidades para registrar os mínimos detalhes das diferentes formas de vida na terra. Por reconhecer o seu trabalho e talento, entrevistamos este fotógrafo para saber sobre sua tragetória. Leia a entrevista e passeie por algumas das suas fotos, sempre convidativas e inspiradoras!
ENTREVISTA COM YURI FANCHINI MESSAS
Por Deborah Dubner
1) Quando você começou a fotografar?
R: Fotografei pela primeira vez aos 13 anos, quando meu pai comprou uma câmera digital simples, de 1.2 megapixels. Aos 16 adquiri um equipamento mais específico e começei a estudar por conta própria a teoria e as técnicas fotográficas.
2) O que mais te motiva nessa atividade?
R: Minhas lentes estão voltadas principalmente para animais incompreendidos pela maioria das pessoas, como insetos e animais peçonhentos. Ter a possibilidade de mostrar o meu ponto de vista sobre esses animais, com o objetivo de diminuir a má reputação associada às suas imagens é o que me motiva a continuar esse trabalho.
3) Quais os seus planos para o futuro?
R: Pretendo entrar em uma faculdade de Ciências Biológicas, utilizando a fotografia como complemento em minha profissão de biólogo. Gostaria de editar livros, artigos, enfim, levar às pessoas o conhecimento sobre a beleza natural contida nesse país, com o intuito de despertar o instinto de preservação dessas pessoas. Se a devastação da natureza continuar caminhando nesse ritmo alucinante, infelizmente daqui há alguns anos sobrarão apenas fotos de nossa riqueza natural.
4) Quais eventos e concursos já participou?
R: Recentemente participei de um concurso(o único até hoje) de fotografia realizado pela Ong SOS Mata Atlântica.
Tive uma foto utilizada pelo Instituto Butantan em um congresso mundial sobre aracnologia na Bélgica; em um livro sobre pragas urbanas lançado pelo Instituto Biológico (SP); em exposição (Itu-SP) e em folhetos sobre animais peçonhentos distribuídos à população, todos sem fins lucrativos.
5) Quais prêmios já recebeu?
R: Nesse concurso com o tema Mata Atlântica minha foto ficou em 7º lugar na classificação final (haviam prêmios para o 1º ao 30º colocados)
6) Em quais locais você já fotografou?
R: A Mata Atlântica é o lugar onde mais fotografo devido à incrível biodiversidade, apresentando formas e cores impressionantes. Mas os insetos estão por todas as partes, um simples quintal ou jardim é um ótimo lugar para se fotografar. Basta treinar o olhar para conseguir achar esses animais nos lugares mais inusitados.
7) O que mais gosta de fotografar?
R: Aranhas, serpentes e escorpiões são os assuntos que mais gosto de fotografar. Cada sessão fotográfica é uma aula onde você pode interagir, respeitar e ser respeitado pelo animal, aprendendo sobre seu comportamento e conhecendo os limites dessa interação.
8) Conte um fato marcante que lhe aconteceu durante a sua atividade de fotógrafo.
R: Fotografar os animais considerados os mais agressivos e venenosos do país a uma distância mínima proporcionou, sem dúvida, os momentos mais tensos e prazerosos durante minha atividade como fotógrafo. Já fotografei centenas desses animais, nunca sofri acidentes e aprendi a trocar a palavra "temível" por "respeitável". Obs.: Aproximar-se de animais peçonhentos não é algo aconselhável. É necessário lembrar que muitas vezes esses animais possuem venenos extremamente ativos nos seres humanos.
Para ocorrer tal aproximação é necessário um estudo detalhado do comportamento do animal, além de muita calma e a consciência do que fazer em caso de acidente.
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