11.11.11
De alguns anos a esta parte, habituou-se a coluna a escolher as datas que se componham dos mesmos números, para expressarem resumidamente, dia, mês e ano. Vem ocorrendo essa prática desde 2004, 2005, ou algo próximo: 04.04.04, 05.05.05 e assim sucessivamente.
Ano passado, 2010, na edição de um título dessa feitura, estranhou-se a fórmula e de última hora, sem aviso, atribuiu-se à crônica outra denominação. O “10.10.10” não foi aqui grafado. Que pena.
Eia, pois, o 11.11.11.
Onze, de onze, do onze.
Vive-se, pois, o dia onze de novembro de dois mil e onze.
Mera divagação.
Não que novembro não apresente novidades e atrativos. Todos os meses têm suas peculiaridades.
Pelo contrário, começa bem, com o dia santo de guarda, o mais abrangente, por incorporar num único evento a celebrada Festa de Todos os Santos.
Curiosamente, no conhecido livreto “Liturgia Diária” (Paulinas/Paulus), se consignou para o dia 6, domingo passado (a comemoração é transferida para dia não útil) a estranha expressão “Todos os Santos e Santas”. Por que?
No exagerado preciosismo para diferenciar os sexos, como na desnecessária referência a “santos e santas”, paira outra dúvida.
Uma vez na bem aventurança, no gozo celestial portanto, só mesmo pela sapiência da teologia ou de uma elaborada exegese, para se saber se também lá perdura tal especificação. O que comprovaria o excesso de zelo nessa questão.
Aceita a tese, nada demais haveria então, se também no ato de fé, das missas de preceito, todos passassem a proclamar que “ ... creio, na Comunhão dos Santos e Santas...” Estranho, não é mesmo? Inovações que se instalam, com ou sem fundamento, e que acabam consagradas.
Dizia-se por acaso antigamente “Irmãos e Irmãs”, na saudação inicial? Quem tiver regular memória vai se lembrar de que não era assim. Irmãos, simplesmente,’aí compreendidos homens e mulheres, obviamente.
Embora tais questões não se constituam em rigor de fórmulas que a gramática impeça, os bons livros didáticos do idioma pátrio também não as mencionam. A própria eufonia de certo modo adverte para essa impropriedade, pelo fato simples de no mínimo soar estranho tal uso. Da mesma forma como os ouvidos repugnam ouvir falar por aí que no Brasil tem-se hoje uma presidenta.
Expressões que tais – irmãos, o homem – quando genéricas, é de se frisar que incluem por si e automaticamente, pessoas de ambos os sexos.
Dói nos ouvidos – vejam só – que os senhores políticos, no afã de agradar e seduzir incautos, ao iniciar seus pronunciamentos, de uma hora para outra, deram para usar ultimamente a mais infame das saudações – a “todos e todas”.
A propósito, - e para exemplo - quando se grafou aí atrás “senhores políticos”, na expressão “senhores” estão devida e igualmente incluídos, homens e mulheres.
Mas enfim, e o mês de novembro, como fica?
Para não alongar a prosa em demasia, cabe relembrar o emérito jornalista Luís Colaneri, capivariano e patrono de Cadeira na Academia Ituana de Letras, com data natalícia no dia 5 último. A 18 próximo, aniversaria a Maria Fernanda, a quinta na ordem dos diletos cinco filhos lá em casa.
Chega aos doze anos, a implantação da Adoração Diurna ao Santíssimo Sacramento, no dia 29, uma terça feira. Mas, para comemorar os frutos dessa preciosa e inexcedível fonte de bênçãos, reserva-se crônica oportuna e especial.
Essa brincadeira de saudar anualmente datas repetitivas quando expressas em números, termina no próximo ano, com o 12.12.12.
Tomara estejam todos aqui outra vez, amáveis leitores e este despretensioso escriba.
Até lá pois, se Deus Nosso Senhor assim o quiser.
Amém.
Ah, cuidado, não é esta não, a coluna do amigo Sala.
Por falar nisso e dele, o menino toma posse na ACADIL dia 25. E é também neste novembro. Vai lá para ver.
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- bernardo campos