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Publicado: Sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

12.12.12

Numa sequência curiosa, a data acima exposta, exprime repetidamente com o mesmo número doze, a ante penúltima quarta feira de dezembro.

Para quem de há muito acompanhe estas crônicas, desde o jornal e somente ao depois trazidas também aqui, provavelmente há de se lembrar de que a brincadeira de citar esta repetição – dia, mês e ano – com um mesmo número, deve datar desde 2004.

Agora pois, dia doze do mês doze, do ano doze.

12.12.12.

E há de se assinalar que essa lembrança, invocada anualmente, entre interessante e curiosa, ocorre justamente pela última vez. Quase que ia passando esquecida, até porque na procura de assunto, outras ideias tinham surgido.

Nos últimos anos, três ou quatro, tal semelhança despertou nas mamães o esforço tanto de adiantar o parto como retardá-lo, na busca de uma data marcante para os recém nascidos. .

Neste 2012, pois, ocorreu pela vez derradeira tal preferência. A mídia deu conta de como se multiplicaram no dia 12 os nascimentos na maioria das maternidades.

A verdade, enfim, é que a maneira de formular datas anuais desse jaez não mais vai se repetir.

Vem aí, com muitas esperanças, o ano de 2013.

Treze, - número mal afamado e indicador de falta de sorte. Isto, entanto, apenas para supersticiosos. É confiar, firmemente, que tanto em dias favoráveis como em tempos de penumbra, jamais Deus Nosso Senhor perde os seus filhos de vista.

Essa sim uma afirmação verdadeira, que deveria nortear os passos e os anseios de toda gente. Uma consolação infinita de que não existe procela em que o barco divino não se disponha a recolher possíveis náufragos. Pedro que o diga.

É um lugar comum, um lamento sempre repetido, quase antipático, dizer-se que no Natal o dono da festa, por parte numerosa do povo, fica quase esquecido. Formidáveis os enfeites de época, o encanto das crianças com o velinho de vermelho e barbas brancas, mas mesmo assim caberia aos pais e superiores, sem fanatismo nem beatice, historiar de novo aos pequerruchos como se deu o nascimento de Jesus.

Serviria como toque delicado de pré-evangelização, a por assim dizer lembrá-los de que a espiritualidade se sobrepõe a todas as demais práticas.

De qualquer modo ninguém se furta à infindável escolha e busca dos presentes e mais ainda com o cuidado de que alguém nãofique de fora.

São conhecidas as tradições de pessoas e entidades beneficentes. Essas organizações procuram o mais possível proporcionar algum deleite e recordação, mesmo aos mais simples e desvalidos.

Exatamente para que o máximo de pessoas compartilhe do mais festejado dos dias.

Forçoso insistir em que essa opção de viver datas compostas de uma igual e sequente numeração, aqui se registra pela vez derradeira.

Tampouco as maternidades terão outra vez movimentação alvoroçada.

O registro de tal coincidência de números, como acima se firmou, deve sim ter começado lá pelos idos de 2004. No dia 4 de abril, evidentemente.

 04.04.04.

A partir daí, essa iniciativa inspirou, ano a ano, tantos comentários.

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