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Sim, o dois de fevereiro, a data máxima local, com a qual os ituanos cultuam a um só tempo o aniversário da cidade quatro vezes secular e a sua Padroeira, excelsa, Nossa Senhora da Candelária.
Curiosamente, desta vez, por efeito do fenômeno meteorológico do Equinócio, os festejos religiosos e a data cívica local acontecem na mesma semana do Carnaval.
É o caso deste ano de 2016, apenas no seu limiar.
Um feriado no começo da semana, 2, quase também que se junta ao de dia 5, sexta, com agravante de que a folia já tem adeptos na noite de quarta e, essa, além disso acaba por se estender de quarta a quarta.
Excepcionalmente então, toda vez que o fenômeno se repete, cerimônias cristas e devaneios populares ficam bem próximos.
Mas, é curioso lembrar que, historicamente, mesmo o Carnaval teve origens na própria Igreja, em épocas imemoriais, àquele tempo, claro, sem as conotações atuais que vão de folguedos a abusos. Um tanto esquisito por isso que virtudes cristãs e festa pagã ocorram desta vez quase simultaneamente.
Entretanto, daqui a pouco, não será diminuto o número de pessoas circunspectas e contritas (e nesse meio até quem antes se esbaldou) a chegar para se recompor. Todos serão caridosamente acolhidos e se lhes persigna a testa com as cinzas da penitência.
Os dizeres desse sacramental, atualmente, são rápidos e nada assustadores. Diferem na sua liturgia dos moldes antigos em que se advertia os fiéis por lembrá-los de que tinham vindo do pó e ao pó retornariam.
De todo modo, a cerimônia é apta a ser um convite ao recolhimento num período propício a reflexões: a Quaresma.
Até lá, então.