4 de 4
O título, 4 de 4, não representa nada a não ser que se vive hoje o quarto dia do mês de número 4, no calendário.
Doutra feita, fala sim muita coisa.
O hoje e agora, pois, eminentemente, deste ano de 2016 que começa a se embalar.
A precipitação dos dias, daqui para frente, vai virar correria em ladeira íngreme empreendida quando nela se desce.
Apenas que não se sabe tudo e a quantas o país andará e estará neste momento diferenciado, quando todas as mazelas cometidas tanto no passado longínquo como ontem e que continuam a pulular a cada hora, vieram e vem à tona por conta de uma providencial ação da Promotoria e da Justiça. Finalmente.
Erram, porém, os cidadãos a tomar partido aqui ou ali, quando, na verdade, o mal é generalizado. Malefício perpetrado por todos os senhores ditos representantes do povo .
A insurgência contra o mal da corrupção, desabrida e desaforada, haveria de acontecer em uníssono e contrária a todos os que exercem cargos eletivos neste país, de vereadores a presidente da República. Quem se salvaria nesse emaranhado poluído?
O exercício responsável do múnus político, no Brasil, apodreceu.
A dificuldade está por conseguinte em prosseguir na caça a corruptos, que, se bem feita, vai exigir que pouco a pouco a Justiça expurgue os que se locupletaram e sejam substituídos.
Não significa dizer que os suplentes, novos ocupantes de cargos, possam ser considerados todos limpos, mas, é de se esperar que ao menos não corram desabaladamente com sede ao pote. Portanto, um processo gradual de higienização, além da esperança de que entre os novos haja, aí sim, cidadãos confiáveis.
Justamente neste ponto é que a bola bate na trave e volta diretamente na cara do cidadão, a comprovar que culpados na origem são os próprios brasileiros que não sabem votar. Essa conscientização demanda ainda muitas e muitas eleições. Problema umbilicalmente ligado à cultura da massa, incipiente e descuidada.
E pensar que no passado o ensino público, a partir até do grupo escolar, era levado a sério. Saudosismo? Até pode ser. Imperava a disciplina e crianças e jovens eram despertados para uma vida social responsável e uma vez por semana entoavam cânticos pátrios antes das aulas.
O progresso material evoluiu, mas princípios e moral estão sufocados.
Como estará o Brasil no abril de 2017?