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Publicado: Sexta-feira, 17 de julho de 2009

A agitação e a paz

Vivemos sempre agitados, correndo, cheios de compromissos. E a medida que os anos passam, se não nos isolamos e participamos de alguma forma da vida em sociedade, parece que os compromissos aumentam e a agitação cresce.
 
Precisamos meditar a respeito e voltar à simplicidade. Tudo é tão simples, natural e tranquilo. Não nos devemos impressionar com o burburinho das multidões e com os sensacionalismos dos órgãos de comunicação.
 
A mídia, principalmente a televisão, se encarrega de levar para dentro de nossas casas, essas notícias intranquilizadoras e desagregadoras para conseguir IBOPE, custe o que custar. Faturam em cima desse marketing sensacionalista e a população que se dane.
 
Ultimamente o noticiário da chamada “gripe suina” infernizou o ambiente. Quase criaram clima de pânico geral. E depois de falarem muito em “pandemia”, desmistificaram a ponto de afirmarem da inexistência de razões sérias de temor e só casos graves mereceriam atendimento hospitalar. No fundo, ficou a transparência de que tudo não passa de investimentos com iminentes possibilidades de oportunas vantagens financeiras.
 
A ignorância sempre foi grande e continua sendo (numerus stultorum est infinitus) , principalmente em matéria religiosa, porque o  príncipe das trevas , que infelizmente existe e é inteligente, não esmorece em sua luta contra o homem. Apossou-se, pode-se dizer, da maioria dos formadores de opinião, de maneira que, a minoria – sem vóz e sem vez- tem de ser naturalmente esmagada.
 
E todos nós, cansados, enojados desse mundo cão que não cessam de nos apresentar, estamos titubeantes mas, fortalecidos pelas benesses divinas, encontramos forças e disposição em nos direcionar para a grande luz que indica os caminhos da Canaã esperada.
 
Quando isto acontecer, começará a sobrar tempo para leituras formativas e aquele burburinho frenético de um mundo insano, robotizado e consumista , aos poucos tenderá a desaparecer.
 
Surgirá o congraçamento dos verdadeiros amigos ( não daqueles que não se pejam de proclamar: " amigos, amigos, negócios à parte"), os colóquios instrutivos não deixarão de acontecer, inclusive o interesse pela cultura e pela arte que elevam e engrandecem.
 
Quem sabe nos recolheremos - por alguns dias que sejam-, num poético sítio em que poderemos apreciar as estrelas e a prateada lua, o sol, o azul diáfano dos céus, o verde das matas e da relva das encostas das montanhas ! Quem sabe ainda nos encontraremos, numa tranquilidade imensa, numa satisfação profunda, porque a solidão dos justos é agraciada com paz celeste e consoladora . E a vida continuará com novas forças e incontido entusiasmo.

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