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Publicado: Quinta-feira, 7 de março de 2019

A Cara do Carnaval

Crédito: Internet A Cara do Carnaval
O Carnaval anda do jeito que o diabo gosta. E quem gosta também, acabará sambando com ele na eternidade.

Não pretendo fazer um relato histórico dos carnavais, até porque não é um assunto tão interessante assim. Refletindo um pouco sobre esse tema nos últimos dias confirmei, em pensamentos e trocas de idéia com outras pessoas, uma sensação que aumenta a cada ano: o Carnaval brasileiro está adquirindo uma nova cara. Quem dera fosse algo para melhorar essa manifestação popular, mas não. Cada vez mais os eventos carnavalescos estão ficando do jeito que o diabo gosta, a cara do capeta.

Se ainda sobrevivem as inocentes matinês para as crianças, nas quais as marchinhas tradicionais e infantis persistem bravamente, estas também acabam servindo como uma preparação da mentalidade dos pequenos. Uma criança acostumada a brincar carnaval torna-se um jovem acostumado a brincar carnaval. Com a diferença de que, já não mais criança, as temáticas e as práticas carnavalescas mudam radicalmente. Se para criança o importante é fazer guerrinha de confete, para grande parte da juventude o interesse no Carnaval é a beijação, a pegação e outros termos que denotam o caráter sexual dessa festa.

Nas grandes cidades os blocos carnavalescos estão ganhando temáticas cada vez mais em acordo com as pautas esquerdistas. Como se a decência fosse algo negativamente tradicional, seus membros confundem liberdade com libertinagem, promovendo cenas absurdamente imorais e bacanais a céu aberto. Nos desfiles das escolas-de-samba, o demônio e seus asseclas ganham mais destaque a cada ano. Basta pensar um pouco para recordar-se de que, de uns tempos para cá, ao menos um carro alegórico ou ala de escola exaltou a imagem de Satanás.

Com o pretexto da liberdade de expressão e artística, vilipendiam sinais e costumes sagrados do povo brasileiro. Este ano outra barreira maligna foi rompida, com uma das escolas-de-samba fazendo chacota do próprio Filho de Deus às vésperas da Quaresma. Por mais que um cristão não goste ou não acompanhe os desfiles, qualquer pessoa minimamente ligada nos noticiários acaba tomando conhecimento de tamanho desrespeito.

Aos que podem enxergar nisso um exagero da parte dos seguidores de Cristo, convido que reflitam sobre outras hipóteses. O que aconteceria se uma escola-de-samba mostrasse um negro ou um homossexual apanhando na avenida? O que aconteceria se, em vez de Cristo, colocassem pra apanhar o profeta Maomé ou o médium Chico Xavier? O que aconteceria se a Gaviões pintasse o diabo de verde, em alusão ao seu rival palestrino? Poisé. Mas, como é com Cristo, deixa-se pra lá e quem reclamar passa como fanático religioso.

O Brasil, país do Carnaval, também é o país no qual não se cumprem as leis. Como a que consta no artigo 208 do Código Penal, dos crimes contra o sentimento religioso e ultraje a culto, nesse caso o de vilipendiar ato ou objeto de culto religioso. Escarnecer da fé alheia só é crime quando os alvos são quaisquer grupos que não os católicos ou protestantes. Na festa do diabo, o que importa é tirar sarro de Deus, de Cristo e de tudo que lembrar a religiosidade.

O Carnaval, portanto, está cada vez mais a cara do demônio. Infelizmente, verdadeiras multidões não se dão conta disso. Aos que gostam de bater na figura de Jesus e de tirar sarro do Filho de Deus, basta recordar-lhes que um dia Cristo irá voltar, conforme prometeu. Nesse dia, será o Nazareno a segurar o chicote. Voltará pleno de poder e glória, não mais para ser vilipendiado mas para julgar os vivos e os mortos. Então, quem quiser continuar achando que tudo isso não tem nada a ver, está avisado. Quem gosta de pular esse carnaval demoníaco, certamente também irá sambar muito com o capeta no quinto dos infernos.

Amém.

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