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Publicado: Sábado, 26 de junho de 2010

A Copa do Mundo é nossa

O título corresponde a uma das musiquinhas de Copas anteriores. Realmente, a paixão, para não dizer o fanatismo do brasileiro, é muito grande, a ponto de se exigir, nessa época de Copa, a vitória como imensa satisfação pessoal, olvidando-se todos os dissabores que integram o cotidiano.

Desta forma, nos dias atuais, torna-se extremamente perigoso, se a seleção não vier a conquistar o título. O povão apaixonado está preparado para comemorar de qualquer jeito: ganhando ou perdendo. Vamos rezar para a seleção sair vitoriosa, pois, se fracassar, vai ser um Deus nos acuda.

E, de futebol mesmo, qualquer grande time de São Paulo, Rio ou outros Estados, acredito, pode jogar melhor do que essa seleção bem treinada por Dunga, que não é brilhante, inobstante possa sair vencedora, como se deseja e espera.

O futebol, nesses longos tempos de existência, evoluiu muito e quase todas as equipes possuem excelentes jogadores, de maneira que a vitória pode ser conseguida por qualquer uma delas.

Justamente o torneio indicará a que se encontra mais bem preparada, pelo talento e aperfeiçoamento técnico dos jogadores, além do treinamento conjunto. A melhor preparada levará o troféu de campeã, não se esquecendo que o fator sorte e a qualidade da arbitragem poderão influenciar, e muito, o resultado final.

Até o momento, Argentina, Alemanha e México podem ser apontadas como as melhores equipes, sendo que a França decepcionou e a favorita Espanha, saiu chamuscada em sua primeira partida.

Vamos aguardar a sequência dos jogos, esperando que o Brasil melhore com a troca de alguns jogadores “pifados” ou não talentosos que se encontram na seleção. Confiamos na recuperação do time brasileiro, com razoável conjunto e diversos jogadores talentosos no elenco. Mas, se facilitarem ou bobearem, é quase certo que Argentina ou Alemanha levem a taça.

Há urgente necessidade de se reeducar o torcedor brasileiro para que aprenda a admirar o esporte em sua integridade e, na hipótese de derrota, banir o ódio em suas manifestações, considerando que na competição há adversários, não inimigos a serem vencidos.

Não vejo como, por exemplo, torcer sistematicamente contra a Argentina, simplesmente pelo fato da equipe platina ser a mais difícil ou “encardida” adversária do Brasil nos confrontos diretos.

O mesmo se pode dizer, no âmbito local, quanto aos clássicos adversários Corinthians e Palmeiras, Guarany e Ponte Preta, Internacional e Grêmio etc. Todos jogam para vencer.

E nessa disputa que acontece com frequência, nos diversos campeonatos, vencerá o que, no momento do jogo, se encontrar melhor preparado, nunca se esquecendo dos fatores extras que costumam ocorrer.

Que essa fastidiosa Copa, longa demais (pela abundante cobertura – mais repetitiva e “literária”, do que esclarecedora-), nos venha trazer mais alegrias do que decepções.

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