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Publicado: Domingo, 10 de abril de 2011

A evolução do cinema em casa

Crédito: Banco de imagens A evolução do cinema em casa
A emoção do cinema em sua casa

 Trazer a emoção do cinema para dentro de casa sempre foi um desafio da indústria da tecnologia. Embora a sensação de assistir um filme numa tela gigante dificilmente seja igualada, hoje já é possível ter em casa equipamentos que garantam uma qualidade de imagem e som até melhor do que é visto e ouvido no cinema. Mas, nem sempre foi assim.

 

Os primórdios

Durante minha adolescência, as fitas VHS estavam em seu auge. As novas gerações talvez nem saibam do que estou falando. Mas, naquela época, a única opção que existia para assistir filmes em casa eram desajeitadas fitas magnéticas, com qualidade mediana e que ficava pior a cada vez que era assistida. Isso porque havia desgaste da fita, cabeçotes que se sujavam e diversos outros problemas. As imagens eram formadas por 250 linhas horizontais (quanto mais linhas, melhor a qualidade) e o som era estéreo, distribuído em apenas 2 caixas acústicas. Mesmo assim, era melhor do que esperar por 5 anos até que um filme exibido no cinema fosse liberado para passar na TV aberta (a única opção naquela época).

 

A era digital

Na década de 80, houve a primeira tentativa de evolução tecnológica nesse ramo. Tratava-se do Laser Disc, que nada mais era do que um CD gigantesco, com 30 cm de diâmetro – o mesmo tamanho de um LP (e novamente as novas gerações não saberão do que estou falando). Era o início da era digital, que permitiu dobrar o número de linhas da imagem e reproduzir os discos sem contato físico, o que significa que não havia desgaste. Mas, a tentativa foi frustrada pelo alto preço de discos e aparelhos.

A verdadeira transformação digital se deu com o DVD, a segunda geração dos discos óticos, lançado no início dos anos 2000 e até hoje em alta. Com o DVD, a resolução da imagem chegou a 480 linhas e o som pode ser distribuído em 5 caixas de som (fora uma exclusiva para os graves). Finalmente, estávamos nos aproximando da qualidade que era vista nos cinemas. A imagem em alta definição (para a época, pelo menos) o e o som envolvente permitiram uma sensação antes impossível. Foi também o advento das TVs de projeção, móveis gigantescos que ocupavam boa parte da sala. E foi também o que permitiu o “boom” da pirataria de filmes, devido ao baixo preço da mídia em que os filmes eram gravados.

Recentemente, surgiu o sucessor do DVD, o Blu-ray Disc (ou simplesmente, BD). A resolução da imagem subiu para incríveis 1080 linhas, o que exigiu evolução também nas TVs. Para acompanhar a tecnologia, surgiram as TVs “finas” de alta resolução, com poucos centímetros de espessura, tela “widescreen” (no formato da tela do cinema) e imagem com qualidade impressionante. Outro recurso das novas TVs – que antes só era possível no cinema – é a exibição dos filmes em 3D, com imagens que dão a impressão de saltar da tela.

 

O futuro

Pessoalmente, aposto que dentro de alguns anos não haverá mais mídia física para os filmes. Como já acontece hoje com algumas TVs por assinatura e locadoras virtuais, os filmes estarão disponíveis legalmente na internet e poderão ser assistidos quando você quiser a um baixo custo. Uma dificuldade para isso se tornar real é a necessidade de uma conexão de banda larga de qualidade – e ainda temos uma das piores de todo o mundo.

Outra aposta dos especialistas é a criação de um sistema de imagens 3D que dispense o uso de óculos especiais para assisti-las. Já existem protótipos desse sistema. E não perco as esperanças de algum dia ainda ver uma tecnologia viável para exibição de filmes holográficos realmente em três dimensões, como vemos em tantas obras de ficção.

 

Os cinemas

Claro que os cinemas não estão parados. Além do 3D, que voltou com força total nos últimos anos, também há evoluções notáveis na qualidade da imagem. A mais recente delas atende pelo nome “4k”. Trata-se de imagens digitais com mais de 2.000 linhas de resolução e com brilho e contraste jamais vistos antes.

Já há salas com a tecnologia 4k em Curitiba e no Rio de Janeiro. Quanto tempo demorará para termos uma dessa em nossa região?

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