A Felicidade é possível!?
Felicidade, expressão máxima da vida plena proposta por Deus e o grande sonho humano. Uma das palavras mais presentes nos escritos humanos, a Felicidade, na prática, ainda é uma grande ausente.
Afinal, o que é a felicidade? O que a torna tão difícil? Seria ela destinada a poucos privilegiados? Ou será que ela não é para esta vida terrena e temos que esperar para vivê-la na eternidade, no céu?
Primeiramente, a felicidade, como mencionamos, é inerente à vida e, portanto, para todos, mas não é algo que nasça e cresça independentemente da nossa participação. Deus não decreta a felicidade, embora a deseje ardentemente. Depende portanto do modo de vida escolhido.
Como depende de cada um, nem sempre é fácil, requerendo dedicação, controle e sintonia com a Vontade de Deus.
Isso explica uma espécie de epidemia da infelicidade, em função da vida cada dia mais confusa e conturbada por valores pouco condizentes com as verdades do Evangelho da Vida. O homem inclinou-se demasiadamente para os bens terrenos controlados pelo dinheiro; esqueceu-se de Deus e da religião...
Vive apenas para aproveitar a vida, ainda que para isso o outro seja explorado, usado e desprezado como objeto. Mas, não está contente...
A felicidade é, sim, para esta vida como também para a eternidade. Prova disso são as inúmeras pessoas felizes que o demonstram claramente no seu dia a dia. Muitas vezes são tidas como exceção o que dificulta seu seguimento por outros.
Para ser feliz é preciso levar a nossa conversão a sério, mas isto dá trabalho e nos obriga a abrir mão de muita coisa a que somos apegados. É bom lembrar que conversão é algo contínuo e que só tem seus efeitos se verificada de dentro para fora. Não tem a ver com coisas externas, mas com nosso interior.
Com tantas necessidades, tantos anseios, tanta correria, falta de momentos de silêncio e de tranquilidade, falta de momentos de oração e de recolhimento..., a vida moderna dificulta ao homem ser feliz.
Será que para ser feliz é preciso se isolar da sociedade, fugir para uma vida reclusa? A resposta é não. Estamos no mundo que Deus criou para nós e é nele que temos que viver plenamente felizes e ainda colaborar para a felicidade de outros. O problema é que o homem mudou os planos de Deus, alterou drasticamente sua vida e vem comprometendo o futuro da humanidade.
A propósito, uma reportagem publicada pela UOL, comenta sobre a vida de Matthieu Ricard, ex biólogo molecular, hoje monge budista, declarado o homem mais feliz da terra. Deixando de lado a validade dos critérios para tal conclusão, suas declarações prestam-se para nossa reflexão.
Afirma ele que tudo se explica pelo Amor. A conversão ao amor garante a felicidade. O amor é o investimento mais seguro já que “é o único que sempre é multiplicado a cada vez que é investido”.
Afirma ainda que, apesar das condições externas, a felicidade está na mente de cada um.
Para ele, “É preciso construir recursos internos...”. Assim, “quando cheguem as adversidades saberemos contorná-las com nossa força interna. Sua mente pode ser sua melhor amiga ou sua pior inimiga".
Como se vê, a felicidade combina:
Com uma vida mais simples. É mais importante SER do que TER.
Com uma vida de Fé e de oração. É preciso valorizar a espiritualidade.
Com o descanso. É preciso valorizar a alegria, o bom humor, o silêncio e a meditação.
Com a bondade e com o Amor. É preciso valorizar a amizade, a solidariedade e a caridade.
Que Deus nos ajude!