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Publicado: Sábado, 3 de agosto de 2013

A figura do Padre. Quem é o Padre?

Não sem motivo e, aliás com muita justiça e júbilo, tem a figura do Padre um dia especial no calendário religioso, em que se lhe presta merecida homenagem e reconhecimento. Ocorre sempre na primeira semana de agosto.

O vocábulo – Padre – como se sabe, origina-se do latim, a língua oficial da Igreja : Pater.

Pater, implícita e significativamente, quer dizer “PAI”.

Se o homem recebe de Deus essa capacidade de gerar um filho e assim se torna pai, é forçoso reconhecer que o sacerdote também o é, em relação à atenção que devota a todos os fiéis que são recomendados ao seu rebanho. Pai num sentido muito amplificado, porque é pai de muitos filhos e o amor e o carinho que devota a todas as pessoas sem distinção, fazem dele o ser confiável, digno e respeitado que é.

Há que se insistir em que o cidadão que se entrega à vocação religiosa, também se consagra em um “pai por excelência”, pelas qualidades que são conferidas pelo sacramento da Ordem.

Se sua Santidade o Papa governa a Igreja, ele é coadjuvado diretamente pelos Bispos e estes delegam poderes por sua vez aos Párocos.

Os pais de família, pai e mãe, cada qual na medida de suas possibilidades, querem que os filhos vençam na vida. Seja através dos estudos ou do aprendizado de qualquer das profissões, todo o esforço lá na frente resulta ou pelo menos assim se busca, em que a pessoa tenha uma vida digna e sempre que possível, nas melhores condições de sucesso e bem estar.

Sem nenhum demérito a nenhuma pessoa vista como vencedora na vida, ilustre por suas posses e inteligência é, entretanto, sobrepujada pelo histórico de uma vocação religiosa autêntica.

Eis que para se chegar ao sacerdócio, o seminarista caminha por um longo trajeto de preparação: Seminário menor, algo como os estudos básicos do ensino médio. Ao depois, vem o chamado seminário maior. Segue-se, um ano de noviciado e, por último, mais seis anos distribuídos entre o ensino de filosofia e teologia.

Evidentemente, que ao lado desse empenho todo, o futuro padre se aprimora especialmente naquilo que diz respeito à piedade, oração e testemunho de vida. Mas se faz alguém impregnado de cultura geral.

E tudo isso, para quê?

De tudo isso, se lhe reserva somente a consciência da graça recebida de crescer espiritualmente, eis que todo o aprendizado o Padre o distribui aos fiéis.

Pai, por excelência, repita-se.

Vive muito mais para os outros do que para si e justamente pelos frutos advindos do sacramento da Ordem, sente-se feliz e realizado.

Por isso que nos evangelhos se diz que o Padre é um outro Cristo.

Aí sim reside a glória e a alegria maior da vocação que escolheu, por ser na verdade um imitador de Jesus.

Ademais, o sacerdócio configura em si um dos sete sacramentos, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo: o sacramento da Ordem.

Vem daí a grandeza do sacerdócio.

Isso mesmo.

Vêm daí as felizes palavras do eminente mestre sacro e autor de inúmeros livros didáticos de fé, - o Monsenhor Álvaro Negromonte, de saudosa memória, -  ao assim se expressar no seu precioso livro “As Fontes do Salvador”:

 

“Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens.

Mas comoa natureza humana precisa de um sacerdócio visível, Cristo instituiu o sacramento da Ordem e exerce o seu ministério por meio dos sacerdotes, que são os seus legítimos representantes, verdadeiros embaixadores de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus”.

 

E conclui o Monsenhor Álvaro Negromonte:

 

“Por isto, os sacerdotes não dependem das qualidades e virtudes do Padre, mas valem por si mesmos, como se fossem praticados pelo próprio Cristo, que o Padre apenas representa”.

 

É tão peremptório que o padre se disponibilize em benefício dos seus fiéis, que o Papa Francisco, no Rio de Janeiro, disse textualmente:

“Não podemos ficar enclausurados nas Paróquias de nossas comunidades...”

Bem acolhidas suas palavras, não significam senão que não se pode esperar que o povo venha à Igreja, mas que se vá ao encontro dele.

Aos Bispos em particular, recomendou ainda com maior veemência, que jamais ostentem o mínimo sinal de riqueza, vaidade ou pompa.

Da altura de seu posto, Sua Santidade, notoriamente, não apenas prega, mas dessas qualidades todas é o primeiro a dar o exemplo.

Ventos novos sobre a Igreja.

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