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Publicado: Segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Força das Palavras e das Imagens!

“As palavras estão no dicionário. Quando se agrupam, o sentido está no coração de quem as pronuncia!” (Pe. Zezinho)
 
A vida na terra depende do contato, da percepção, da comunicação. Os próprios animais têm a sua sobrevivência garantida muitas vezes graças a dispositivos diversos para “sintonizar”, “explorar” o mundo a sua volta.
 
Com a espécie humana isso ganha proporções indescritíveis; órgãos dos sentidos, inteligência, vontade, razão, tudo isso aliado a nossa parte espiritual, torna o homem um ser privilegiado, um verdadeiro “dono do mundo”. Aí começa o perigo: sabedor de tanta capacidade, não consegue se conter e, alimentado pelo seu egoísmo, vaidade e orgulho, busca cada dia mais aliados na tarefa de pôr o mundo a seus pés. Acaba pisando em tudo e em todos.
 
Comunicação: um jogo de palavras, imagens, cenas, gestos e intenções... O perigo está nos propósitos, na falta de controle, de auto-crítica e de bom-senso, na inconsequência, na impunidade, na liberdade irresponsável....      
 
Ninguém ignora a presença e a força da mídia; invade nossos lares, nossos sentidos, nossas idéias e procura alterar nosso comportamento, nossas atitudes, nossos desejos e vontades; sua influência é cada dia maior, principalmente entre adolescentes e jovens. A mídia poderia e deveria ser boa e útil, mas não é; financiada pelos interesses do sistema dominante, acaba pervertida em seus princípios e propósitos originários; esqueceu a ética e abandonou a moral, notadamente a moral cristã. Atende pedidos e, infelizmente abusa da liberdade de expressão.
 
Se a palavra é boa, também prejudica, fere, aniquila, magoa... Ofende, mata. Não é à toa que as Sagradas Escrituras recomendam a prática do jejum dos alimentos, mas, sobretudo dos maus costumes, da mente e da língua.
 
Deus é comunicação. Sempre foi. "No princípio era a Palavra...". Deus sempre falou ao seu povo, revelando seu Plano, sua Vontade, a Verdade, através dos profetas e dos acontecimentos. Encarnou-se e, ao vivo, trouxe até nós sua mensagem de Salvação, da melhor maneira possível, por meio de seu próprio Filho, Jesus. Só não entendeu ou não entende quem não quer.
 
Deus se comunica de modo muito claro e honesto conosco, mas a recíproca nem sempre é verdadeira.
 
Os meios de comunicação deveriam estar a serviço do bem-estar do homem, mas são usados como meio de comércio, de lucros, vantagens, soberania, domínio, lavagem cerebral.
 
Rádio e TV, jornais e periódicos, livros e revistas, internet... Fotografias, artigos, palestras, mensagens, músicas, artes... Circos, shows, teatros... O mundo das comunicações. Um exército de palavras e imagens, a comunicar tudo: verdades e mentiras; certezas e dúvidas; sonhos e ilusões; alertas e alardes; diversão e sofrimento...
 
Argumentam os responsáveis e interessados que os meios de comunicação apenas mostram a realidade existente. É a massificação prevalecendo no mundo moderno, acabando com a cautela, com o discernimento, com o espírito crítico, com a prudência, com os cuidados e com a desconfiança saudável. A idéia é que se “é moda...” se “todo mundo tem...” se “todo mundo está fazendo...”, vamos nessa também. Ficamos de bem com o mundo, mas será isso bom? Será mesmo isso tudo moralmente correto? Financeiramente possível? As estatísticas que mostram os maus resultados são muito discretas ou inexistentes.
 
Quanto a nós, temos bons livros e boas revistas em casa?
Cultivamos o hábito de boas leituras?
Assistimos televisão com critério? Escolhemos os (poucos) bons programas que ela oferece?
 
Se a resposta é um quase unânime não, então que esperamos de nossos filhos? Impossível que eles pensem ou ajam de modo diverso daquele que lhes é apresentado por pessoas confiáveis. O mais provável é que não aprendam a ler bons livros, matando sua sede de saber e de curiosidade em literaturas baratas, chulas ou até perniciosas, fartamente disponíveis em quase todos os lugares. Muito provavelmente serão assíduos telespectadores de programas medíocres, deseducativos e destruidores de bons valores. Serão usuários desavisados e despreparados da famosa Internet, bebendo seu conteúdo recheado de lixo intelectual, de maus costumes, de comportamentos duvidosos, de bobagens ou mesmo de induções maléficas e comprometedoras. Basta afirmar que a Internet é um mundo sem dono, de pouco cuidado e, exatamente por isso, altamente perigosa... Será que nossas crianças, nossos adolescentes e jovens estão sendo preparados (melhor seria educados) para o uso de tamanha ferramenta de comunicação, com uma grande capacidade de ajudar, mas um alto poder de estragar? Pensemos nisso! Essa resposta é de grande importância para os pais de hoje, e os de amanhã.
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