A podridão veio à tona
Golpe ou não, impedimento urdido ou não, sordidez à solta ou não, a realidade atual descobriu o manto sujo que encobertava mazelas e hoje desnuda lobos vorazes do erário até entre pseudo aposentados da política, escondidinhos nos estados do norte e nordeste em muito maior número.
Mal assumido o poder, transitório no papel e no disfarce, porque definitivo, - quem não sabe? –
e desde logo se ouriçaram os mesmíssimos próceres corrompidos de outrora, na gana de ofuscar os avanços da Justiça que, pouco a pouco, tira o sono de centenas de corruptos.
A mídia faz livro aberto todos os dias da soma de assaques ao erário e desmandos de toda ordem e estilo. Enquanto uns não se pronunciam, a maioria parece que encomendou uma justificativa em uníssono:
Não conhecem o delator, nada cometeram e com o tempo vão provar sua inocência.
Além dos gravames administrativos, com nomeações e deposições sequentes, depois do alardeio de que o rombo ciosamente apurado galga a impressionante cifra de cento e setenta bilhões de reais, com o que se justificariam futuras medidas de ciosa economia, abre-se o cofre para cinquenta e nove bilhões para correção de salários dos servidores. Não atenua dizer-se programado anteriormente.
Essa aberração se contrapõe ao anúncio anterior de um programa acirrado de diminuição de gastos, inclusive revisão das leis trabalhistas. Sem se falar da legião de brasileiros desempregados!
Ao tempo recente – foi ontem – das monumentais passeatas, emolduradas de cartazes, bandeiras, narizes de palhaço, ridículos panelaços, já se falara aqui do quanto de vazio representavam, não de maldade ou intenções menores, mas do desconhecimento mais profundo do que de apodrecido em verdade se constituía a ordem (diga-se farra) política brasileira. O povo maciço como tal, uma onda que se balança fácil de cá para lá e de lá para cá.
Jesus, com todo respeito e acato, já desculpava a plebe insana, ao dizer que a turba não sabe o que faz. O ontem da realidade trazido historicamente ao displicente hoje de agora.
Seria, fosse válida, a volta do povo às ruas.
Mas não.
A ganância, ao que tudo indica até este momento, só mudaria aos poucos.
Nisso tudo, o que assombra e desanima, é a mão escondida de um único político posto temporariamente em separado, que à socapa prossegue dono da situação, a orientar passos e posições. Que mistério é esse? Em que se alicerça tanta ousadia impune?
O clima, já antes sabidamente putrefato, abriu agora seus porões.
A dirigente apeada, com todos os senões, perto dele, uma santa !!!
Quá, quá, quá.
Rir para não chorar.