Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A presença do pai

Se a mãe é fundamental, a importância do pai não é menor. A ligação física, biológica e afetiva da mãe pode ser mais direta, mas o apoio do pai à mãe representa segurança que ela transfere ao filho. 

Observações atentas cada dia mais confirmam que a criança ainda no ventre interage fortemente com o meio ambiente, salientando-se aqui a harmonia que reina entre os elementos do lar. Se por muito tempo cuidou-se quase que exclusivamente da relação biológica entre mãe e filho, sabe-se hoje que são igualmente importantes para o desenvolvimento saudável do feto os aspectos emocionais e espirituais. Assim, a mãe é capaz de passar para a criança muita coisa do que vive e sente ao seu redor. O apoio, o carinho e atenção que o pai demonstra à mãe e à criança, chegam, com certeza até ela. E, como não podia ser diferente, a ausência desses ingredientes vai fazer muita falta à mãe e à criança.

Estudos de especialistas mostram que a presença do pai é fundamental para uma gestação saudável: diminuição do estresse emocional das mães; redução da possibilidade de nascer prematuros; redução da taxa de mortalidade infantil; redução de complicações como anemia, hipertensão, eclampsia e descolamento da placenta. Além disso, os estudos revelam que a falta de apoio do pai tornam as mulheres mais propensas a fumar durante a gestação e a não fazer um pré-natal adequado.

Difícil o papel da mãe, difícil a missão do pai. Há quem garanta que antigamente era mais fácil ser pai, talvez porque sua pouca participação sempre foi suprida pelos desdobramentos da mãe. Era cena comum nas reuniões de escola, de catequese e outras, a presença maciça de mães contra a ausência do pai. 

Isso vem mudando; a organização familiar ganhou outro rumo, com a mulher mais dedicada ao profissionalismo e ao mercado de trabalho, afastando-a ao menos parcialmente das tarefas domésticas, obrigando a uma nova distribuição de responsabilidades com o marido que passa a dar a sua cota nas tarefas do lar. 

A presença do pai é muito importante para o bom desenvolvimento da criança: ser um colaborador de Deus Criador na transmissão da vida; amar e cuidar da família que constituiu. 

É preciso resgatar o sentido e a importância do pai e da família na vida dos filhos. Questões como o tempo e o diálogo precisam ser mais bem adequados.

A educação dos filhos é uma tarefa difícil, mas maravilhosa; os filhos têm o direito de poder contar com o pai e a mãe para que cuidem deles e os acompanhem durante a vida. O pai e a mãe têm igualdade de condições e, de comum acordo, são os únicos que podem impor os tão necessários limites que a vida exige.

Um pai afetuoso, próximo e presente é capaz de contribuir fortemente no desenvolvimento escolar dos filhos e de protegê-los contra desvios emocionais e as graves ameaças do mundo moderno, tais como: drogas, gangues e promiscuidade sexual.

O segredo de um bom pai é simples: muita conversa, limites, presença constante e amiga. Eduque bem o seu filho e ele será alguém digno, responsável, saberá viver e será feliz.

Comentários