A reforma do Mercado Municipal
Numa primeira tentativa, tentei localizar uma crônica de vários anos, em que havia oferecido sugestões para a reforma do mercado municipal, este, de há muito, nos seus interiores, praticamente desativado. Por ora, de tantas desde 1957, essa matéria ainda não logrei encontrar nos meus arquivos. Seria então simplesmente transcrita, para melhor entendimento.
Saiba-se, de começo, que a abertura de lojas com frente para a face externa, fora irregularmente implantada, eis que se trata de imóvel tombado.
O afã de se reformar o Mercado se continha num plano do então prefeito, dr. Felippe Nagib Chebel (1952/55), de saudosa memória; administrador profícuo e de visão, a contrastar com seus gestos calmos; manteria aquele imóvel plenamente recuperado mas para usos diversos . O “novo” mercado surgiria no Bairro Brasil, a esse tempo com apenas suas ruas demarcadas. Questões meramente políticas, - e nisso já se estava no mandato de seu sucessor, - contrário a esse intento. Promoveu-se então consulta popular, na feira matinal de domingo na Praça da Bandeira, a que o povo se manifestasse a favor ou contra o novo Mercado. A resposta óbvia do povo, desavisado, fora negativa.
Dez anos depois, retomada a implantação da Estação Rodoviária, do Fórum, do SENAI, só então o Bairro Brasil se completou, mesmo assim sem o novo Mercado.
Curiosamente – e aí então situe-se a justificativa desta crônica – ocorreu de tal matéria cair nas mãos do engenheiro que promovera a reforma do dito “Mercadão” de São Paulo. Não se sabe como,
Sua Senhoria, pois, enviou carta à diretoria do jornal “A Federação”, para dizer que, com toda sua experiência, poderia cuidar do Mercado local, tanto mais que tinha ciência de onde captar recursos e verbas para tanto. Recomendou que a carta, por especial atenção dele, fosse mostrada a este articulista. Responsáveis de então no semanário, porque a partir dali nada aconteceu, deverão, pelo menos, ter arquivado o precioso documento. Perdera-se excelente oportunidade.
Tal crônica, com ideário para o Mercado e toda área de seu entorno, desde a Igreja de Santa Rita, a Praça da Bandeira no seu todo, bem como o estacionamento de veículos fronteiriço à rua Santa Cruz, não obstante se tratasse de um vezo não profissional, eram pelo menos propostas, com o detalhe de sugestão de que o Mercado se transformasse num amplo auditório, projetado para seu uso, no todo ou dividido em dois ambientes, removíveis ou não, ao sabor dos eventos. Como também, inclusive, havia proposta de piso, em toda praça e adjacências, todo ele, em mosaico português, que admite facilmente a projeção de figuras no solo, no caso, com imagens históricas e outras de mero adorno.
Aconteceu.
Mas...