Colunistas

Publicado: Domingo, 11 de outubro de 2009

A zona de conforto

A zona de conforto
Capri - muito conforto...

Esteja disposto a se sentir desconfortável. Fique confortável estando desconfortável. Pode ficar difícil, mas é um preço pequeno a ser pago para viver um sonho.  Peter McWilliams.

Eu tenho um sofá muito confortável na minha sala. Quando me deito nele, é como se eu estivesse caindo em cima de uma nuvem no céu. Eu adoro ficar lá horas, lendo um bom livro ou vendo filmes ou até dormindo. Eu amo aquele sofá. Por quê? Porque é confortável.

Todos nós precisamos nos sentir seguros, relaxados e “guardados” em um local seguro. Entretanto, se ficarmos o tempo todo lá, o conforto pode começar a nos aprisionar e nos impedir de nos desafiar a aprender e a crescer.

A zona de conforto é como uma caixa pequena aonde fazemos as mesmas coisas repetidamente e, na maioria das vezes, inconscientemente, dia após dia. Saindo com as mesmas pessoas, vestindo as mesmas roupas, ouvindo as mesmas músicas, comendo as mesmas comidas - o que quer que façamos para nos mantermos seguros é o mesmo que viver na zona de conforto.

Como o meu sofá, nossas zonas de conforto deveriam ser lugares aonde possamos descansar e recarregar nossas energias. A triste realidade é que muitas pessoas vivem suas vidas inteiras nestas zonas de conforto e tornam-se aprisionadas ali.

Fora da zona de conforto é aonde encontramos pessoas novas, aonde temos a coragem de viver, amar loucamente, pedir desculpas, perdoar, defender pessoas, aonde podemos dançar e cantar alto, brincar, sermos vistos como verdadeiramente somos e experimentar coisas novas.

Se você quer deixar sua marca e criar um legado duradouro neste planeta, você tem que primeiro sair da sua zona de conforto e se arriscar: a ser julgado ou a fracassar. E quando você fizer isto, é vital que você se lembre que sucesso não significa conseguir o que você quer; ter sucesso é estar comprometido com a vida de uma forma que te faça sentir orgulhoso. Vencer não está em fazer, está em ser.

Quando você consegue ser quem você realmente é, todas as suas ações farão diferença – você percebendo ou não.

Sair fora da sua zona de conforto pode ser feito com o menor dos gestos. Pode ser falando “oi” para alguém com quem você sempre quis conversar ou ser cara de pau e convidar alguém para sair com você.

Independente do que você faça, as suas ações são automáticas ou elas são conscientes? Quando você está ciente do que você está fazendo, você está meramente sobrevivendo ou você está ousando?

No Congresso em Roma eu consegui sair da minha zona de conforto quando me arrisquei e fui escolhida para ser protagonista da minha primeira sessão de Psicodrama. Eu não tinha nenhuma idéia do que iria acontecer, mas eu me lembro claramente do momento consciente da tomada de decisão de participar daquele episódio, com platéia e tudo. Eu me senti tão orgulhosa de mim mesma que a experiência mudou a minha vida e me fez perceber e aprender muitas coisas novas sobre mim. Naquele dia, depois da sessão, eu tive a plena certeza de estar começando uma nova etapa da minha vida aonde eu quero encontrar mais e mais maneiras de sentir a minha liberdade e vulnerabilidade. 

Eu desafio vocês a se arriscarem e fazerem coisas diferentes. Tenham a coragem de pular fora das suas zonas de conforto e sejam líderes... Quem sabe... Vocês podem inspirar outros a seguirem o seu exemplo!

Comentários