Publicado: Quarta-feira, 21 de setembro de 2005
Acho que a educação, é melhor do que a repressão
Confesso a todos que fiquei um pouco decepcionado com a atitude tomada pela Secretária de Defesa do Cidadão de Itu em relação à Semana Nacional de Trânsito.
Mais uma vez vejo que estamos perdendo tempo e que nossa luta pela melhoria das condições dos ciclistas e o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte auto-sustentável e alternativo não estão tendo muita importância.
Em plena Semana Nacional de Trânsito, em várias outras cidades do Brasil e do Mundo estão acontecendo adesões ao dia Mundial Sem Carro, comemorado no dia 22 de setembro. Esta mobilização vem ocorrendo desde 1998 em muitos países e tem como objetivo combater a poluição do ar, a emissão excessiva de gases efeito estufa e estimular a adoção de políticas públicas de transportes coletivos de boa qualidade. É na verdade um movimento por uma reforma urbana e por uma vida de maior qualidade nas cidades.
A idéia principal é levar a população a refletir sobre os problemas causados por um modelo de mobilidade baseado no automóvel; nas possibilidades do uso racional e solidário dos carros; e também em alternativas de locomoção como o uso do transporte coletivo, da bicicleta ou simplesmente andar a pé. Poluição, congestionamentos, estresse e violência no trânsito, estão, em muitos aspectos, vinculados à dependência de nossa sociedade ao automóvel.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tudo isso se reflete em problemas como a destruição da atmosfera terrestre, saturada por grande quantidade de poluentes, causando vários problemas de saúde e também alterando as condições de vida no planeta.
Minha maior indignação é que em vez de se lutar por melhorias através da educação, com campanhas educativas focadas não somente nas crianças e jovens, mas com campanhas duradouras, em escolas, em empresas, nas auto-escolas, nos meios de comunicação, enfim, abrangendo a maioria de pessoas envolvidas com o trânsito, o município vem trabalhando em cima de campanhas temporárias, aliadas a represarias, com leis antigas e que o próprio tempo já está nos dizendo que não funcionam, não é a saída mais adequada para o problema, que não é municipal e sim Mundial.
Concordo que andar pelas calçadas e praças públicas não é permitido, isto já está dito no Código Nacional de Transito (art.68, §1º). Concordo também que devemos manter a ordem e o respeito nos dias atuais. Mas só reprimir e não dar condições para o uso e a prática segura e correta de meios alternativos de transporte, como a bicicleta, o patinete, o Skate ou similares, que na verdade vem sendo vistos pela maioria como um brinquedo e não como transportes alternativos e auto-sustentáveis e até mesmo como uma profissão quando praticados esportivamente, não terão resultados e só estaremos perdendo tempo e gerando revolta, pois 30 dias de conscientização não serão suficientes para um problema que já vem sendo discutido desde 1994.
A solução é educar, é conscientizar primeiro as pessoas de que existe a lei, mostrar o conteúdo desta lei, a maneira correta e o que está sendo feito para que se possa fazer o uso correto e seguro destes meios de transportes e de lazer, pois o mesmo risco que os pedestres estão correndo, dividindo espaços com bicicletas, skate, etc, nós usuários estaremos correndo, dividindo as ruas com motos, carros, ônibus e caminhões, então merecemos portanto também, um apoio da Defesa do Cidadão.
Também é importante lembrar que o município é utilizado por usuários de cidades vizinhas e turistas e não adianta colocar uma nota no jornal de circulação limitada e dar um prazo de 30 dias para que seja executada a tal lei. Não podemos esquecer de informar estas pessoas usuárias que não são da cidade, ou seja, a campanha deveria se estender à outras cidades da região, além do próprio município ter em todo perímetro urbano placas de sinalização ou aviso, de forma a conscientizar os usuários.
Só para lembrar, em Itu existe a Associação Ciclística de Itu, entidade sem fins lucrativos e que tem como objetivo a luta por melhores condições dos ciclistas na cidade e o incentivo ao uso da bicicleta como meio alternativo de transporte, como prática esportiva e de lazer, fundada em 2001, da qual faço parte e para qual já desenvolvi vários projetos e que poderia ser uma grande aliada nesta campanha.
Mais uma vez vejo que estamos perdendo tempo e que nossa luta pela melhoria das condições dos ciclistas e o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte auto-sustentável e alternativo não estão tendo muita importância.
Em plena Semana Nacional de Trânsito, em várias outras cidades do Brasil e do Mundo estão acontecendo adesões ao dia Mundial Sem Carro, comemorado no dia 22 de setembro. Esta mobilização vem ocorrendo desde 1998 em muitos países e tem como objetivo combater a poluição do ar, a emissão excessiva de gases efeito estufa e estimular a adoção de políticas públicas de transportes coletivos de boa qualidade. É na verdade um movimento por uma reforma urbana e por uma vida de maior qualidade nas cidades.
A idéia principal é levar a população a refletir sobre os problemas causados por um modelo de mobilidade baseado no automóvel; nas possibilidades do uso racional e solidário dos carros; e também em alternativas de locomoção como o uso do transporte coletivo, da bicicleta ou simplesmente andar a pé. Poluição, congestionamentos, estresse e violência no trânsito, estão, em muitos aspectos, vinculados à dependência de nossa sociedade ao automóvel.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tudo isso se reflete em problemas como a destruição da atmosfera terrestre, saturada por grande quantidade de poluentes, causando vários problemas de saúde e também alterando as condições de vida no planeta.
Minha maior indignação é que em vez de se lutar por melhorias através da educação, com campanhas educativas focadas não somente nas crianças e jovens, mas com campanhas duradouras, em escolas, em empresas, nas auto-escolas, nos meios de comunicação, enfim, abrangendo a maioria de pessoas envolvidas com o trânsito, o município vem trabalhando em cima de campanhas temporárias, aliadas a represarias, com leis antigas e que o próprio tempo já está nos dizendo que não funcionam, não é a saída mais adequada para o problema, que não é municipal e sim Mundial.
Concordo que andar pelas calçadas e praças públicas não é permitido, isto já está dito no Código Nacional de Transito (art.68, §1º). Concordo também que devemos manter a ordem e o respeito nos dias atuais. Mas só reprimir e não dar condições para o uso e a prática segura e correta de meios alternativos de transporte, como a bicicleta, o patinete, o Skate ou similares, que na verdade vem sendo vistos pela maioria como um brinquedo e não como transportes alternativos e auto-sustentáveis e até mesmo como uma profissão quando praticados esportivamente, não terão resultados e só estaremos perdendo tempo e gerando revolta, pois 30 dias de conscientização não serão suficientes para um problema que já vem sendo discutido desde 1994.
A solução é educar, é conscientizar primeiro as pessoas de que existe a lei, mostrar o conteúdo desta lei, a maneira correta e o que está sendo feito para que se possa fazer o uso correto e seguro destes meios de transportes e de lazer, pois o mesmo risco que os pedestres estão correndo, dividindo espaços com bicicletas, skate, etc, nós usuários estaremos correndo, dividindo as ruas com motos, carros, ônibus e caminhões, então merecemos portanto também, um apoio da Defesa do Cidadão.
Também é importante lembrar que o município é utilizado por usuários de cidades vizinhas e turistas e não adianta colocar uma nota no jornal de circulação limitada e dar um prazo de 30 dias para que seja executada a tal lei. Não podemos esquecer de informar estas pessoas usuárias que não são da cidade, ou seja, a campanha deveria se estender à outras cidades da região, além do próprio município ter em todo perímetro urbano placas de sinalização ou aviso, de forma a conscientizar os usuários.
Só para lembrar, em Itu existe a Associação Ciclística de Itu, entidade sem fins lucrativos e que tem como objetivo a luta por melhores condições dos ciclistas na cidade e o incentivo ao uso da bicicleta como meio alternativo de transporte, como prática esportiva e de lazer, fundada em 2001, da qual faço parte e para qual já desenvolvi vários projetos e que poderia ser uma grande aliada nesta campanha.
Comentários