Algumas Considerações Sobre a Beleza
Somos inclinados para o belo. Definitivamente, podemos afirmar que a beleza nos atrai. Nos relacionamentos humanos também sofremos o impacto da beleza, mas, circunstancialmente, o critério para a avaliação do belo sofre influências diversas, dado o aspecto dual da constituição humana: corpo e alma.
A beleza física pode, por exemplo, não estar presente no corpo de uma pessoa idosa ou de um deficiente, mas a presença espiritual (alma) pode configurar encantamento que nos apraz.
Desejo dizer, em outras palavras, que a convivência humana exige “empatia” entre as pessoas, para que diálogos ou conversações não deixem de ser agradáveis.
Os costumes atuais, imersos em avançado estilo materialista, com a cultura do corpo levada ao extremo, denotam que o ideal de beleza física recrudesceu, pois até os homens, que sempre primaram por se tornarem másculos e viris (não cogitavam do aspecto beleza), passaram a encarar com bons olhos, cuidados sugeridos para melhor e agradável aparência do corpo.
Nota-se, então, que os varões passaram a cuidar mais do físico, frequentando academias especializadas, bem como institutos “unissex” de embelezamento.
Em contraste com os avanços dos cuidados para com a beleza física, notamos acentuado declínio no cultivo das virtudes morais, consequentemente impedindo acréscimos à formosura espiritual.
Além de não se serem incrementadas a prática das ações boas e nobres, estimulando a beleza espiritual, os poderosos meios eletrônicos de comunicação destacam, com insistência, todas as fealdades que o perverso ser humano é capaz de cometer!
Recentemente, um dos importantes canais da televisão aberta, em pleno horário nobre de domingo exibiu áudio visual de reportagem de como menores imberbes se iniciam no mundo das drogas e do crime!
Se os exemplos arrastam, lastima-se, como o governo permite que a mídia, diuturnamente, exiba procedimentos criminosos em detalhes, praticamente ensinando e fazendo apologia do crime!
Há urgência em se exigir que entidades, órgãos e secretárias vinculadas à educação, em todos os graus, impeçam a veiculação de programas nocivos como o citado e cuidem de divulgar mais o belo, sobretudo com dramaturgia saudável (novelas), onde atualmente, a pretexto de se expor a realidade social, se divulgam tramas amorosas insólitas, indecorosas, imorais.
Há, também, de se ter muito cuidado, com inovações (aniquilamento das naturais diversidades do ser humano) que energúmenos de todos os tempos estão sempre prontos a implantar nas diversas áreas da distraída e indiferente sociedade.