Antes que seja tarde...
Vendo o mundo que nos cerca e seus acontecimentos, perguntamos: onde isso vai parar? Para que mundo, para que sociedade estamos educando nossas crianças, adolescentes e jovens?
Bastam apenas alguns instantes dos noticiários para ficarmos horrorizados.
Há uma grande força do mal dominando os homens. Cresce a individualidade, o egoísmo, a inveja e a disputa, tantas vezes sangrenta. Cresce o desrespeito, escasseia a paciência e a compreensão. Estamo-nos tornando uma sociedade de inimigos, quando deveríamos ser irmãos.
O homem afastado de Deus passa a acreditar apenas na capacidade humana, nos avanços da ciência e da técnica. Está demorando para cair em si, repensar sua vida e voltar para Deus.
Deus nos criou como família, comunidade íntima de vida e de amor , nossa primeira célula social.
Mas, o que está acontecendo com as famílias?
O que significa falar em novos modelos de família? Será que o modelo de família concebido por Deus não tem mais sentido?
Família pressupõe casamento e este não pode ser entendido como uma simples união de dois corpos humanos, compartilhamento de um teto ou de um leito. Casamento é uma união responsável e bem pensada de almas, coração, mente e destino. Por isso, não pode acontecer de qualquer jeito, de repente ou por acaso. Não pode ser uma simples tentativa, à semelhança de uma viagem por uma estrada desconhecida, mas com muitos recursos de retorno; a qualquer momento ou ocorrência, voltamos e recomeçamos por outro caminho. Casamento é para sempre e deve estar apoiado em um sério planejamento e mútuo conhecimento. Precisamos saber muito bem o que queremos.
Não basta levarmos em conta a situação física, econômica e profissional; têm grande peso as condições sentimentais, psicológicas e, sobretudo espirituais. O casamento é uma instituição cristã e se fundamenta no matrimônio, isto é, precisa ter Deus na sua história. Sem esse alicerce, o lar corre grande risco de ruir a qualquer tempo.
Não podemos ignorar: a família é o fundamento da própria sociedade, é a única instituição capaz de evitar o caos humano e espiritual a que a humanidade se encaminha...
Entretanto, a família passa por crises e transformações e são cada dia menos comuns relacionamentos familiares estáveis e marcados pelo amor. É preocupante a forte ausência do pai que, ou simplesmente não existe, ou tem pouca consciência da sua importância.
Assim, diante das rápidas mudanças da sociedade, da falta de reconhecimento e de apoio e, tantas vezes agredida em seus valores, não é fácil ser uma autêntica família nos nossos dias.
Somos chamados a resgatar o verdadeiro sentido de um lar cristão: matrimônio, família, maternidade. É preciso santificar o lar dia a dia, para que seja capaz de resistir aos ataques da sociedade, para que seja uma escola de virtudes, compromissada e responsável pela geração, pelo cuidado e pela educação social e espiritual dos filhos.
Antes que seja tarde!
“Que Cristo Senhor, Rei das famílias, esteja presente, como em Caná, em cada lar cristão, para dar luz, alegria, serenidade e fortaleza” (João Paulo II).