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Publicado: Quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Aprenda votar

A cidade de Itu vive nestes dias finais de setembro uma como que angústia, que exacerbada, leva a população às ruas, em protesto.

Impinge-se aos ituanos, desde janeiro de 2014, um racionamento atroz no fornecimento de água, um pormenor da responsabilidade total e exclusiva pela desídia dos senhores governantes locais, desde aqueles em exercício mesmo anteriormente à entrega do SAE local à CAVO (secundados pela inércia dos senhores vereadores de todos os tempos e desde sempre a lhes dizer sonoro, conivente e conveniente “amém”). Não se fale de exceções na conduta porque é prática vigente estar-se ora na situação, ora na oposição. Questão de tempo, hora e oportunidades. Vai-se e vem de volta, ao sabor das conveniências. Muito pior ainda a conduta dos que tanto quanto possível afinam-se em apoiadores servis do Executivo. Nas campanhas, cingem-se a certa ala mas transmudam-se habilmente para outras, de fugidia oposição à sempre cômoda maioria.

Repugne-se no entanto a baderna e desordem nas manifestações populares, compreensíveis em parte pelo desespero especialmente das aflitas donas de casa, nunca porém justificável, mas não reflua nem se encolha a voz desesperada das ruas.

Seja verdadeira a notícia (e sincera!) de que os edis teriam formulado sugestão de que se decrete finalmente a reclamada situação de calamidade pública. Que não se trate de mais uma encenação, por favor!

A indignação é crescente no seio do povo diante do desaforo e descalabro de postulantes a cargos eleitorais no próximo dia 5 de outubro, muitos deles sob uma infinidade de painéis que enfeiam a cidade e têm coragem a mesmo assim pedir votos.

Quem faz seu governante é o voto popular.

Quem faz seu governante é o voto popular.

Quem faz seu governante é o voto popular.

Não se trata de lapso de digitação. Repete-se, para não esquecer. Para gravar.

Na legião de candidatos, poucos, pouquíssimos nomes se salvam. A bem da verdade, cômodo seria citar nomes acreditados e limpos a toda prova. Mas, quais?

Se você vota por interesse próprio e pessoal, seja para garantir seu cargo dito de confiança (a maioria, na realidade, mero conluio), seja para ganhar favores ou míseros trocados ao confiar em promessas vãs que eles esquecem no dia seguinte, cubra-se de vergonha e decoro e seja útil ao seu país, mas de cara limpa.

Tampouco estrague seu voto por meros laços de falsa amizade ou até de parentesco.

Vejam todos no que dá e resulta o exercício inconsciente ou mal intencionado ao se achegar da urna em dia de eleições.

Estivéssemos tomados de atenção em pleitos passados, não estaríamos todos a sofrer como agora.

Esse apelo vale para as próximas eleições daqui a pouco e, quem sabe, sirva de concentração e aprendizado numa futura escolha de prefeitos e vereadores.

Dizer-se ainda mais que executivo e legislativo são subsidiados pelo erário, alimentado este com o fruto (fruição isto sim) dos impostos pagos pelos cidadãos. Há que se recordar que Itu - por muito menos - sofrera no passado inglória intervenção e cassação de mandatos.

De outro lado, lembrar também a validade do mote a prescrever que “Errar é humano, mas permanecer no erro é diabólico”.

Máxima, aliás, aplicável a eleitores e candidatos!

Itu soçobrou.

O povo não suporta mais ser tão mal, obscura e enganosamente conduzido.

Valha-nos Deus!

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