Publicado: Quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Aprender a viver...
“Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá.” (Charles Chaplin)
O ano novo já vai ganhando seu impulso. Calendário novo, nova agenda, recomeça a contagem. De novo o dia-a-dia. Nem podia ser diferente: a rotina, os ciclos – curtos ou longos –, fazem parte da nossa vida e isso é muito bom. Um novo ano, novos espaços e oportunidades.
Sem dúvida, uma das coisas fundamentais na vida humana é o convívio. Estamos em constante relação: com o meio ambiente, com os animais, com as máquinas, com nossos semelhantes e com Deus. Como andam nossos relacionamentos? Sabemos que a convivência não é algo sempre tranqüilo na nossa vida. E parece que isso vem mudando ao longo dos anos. Novos hábitos, novos costumes, aglomerados humanos cada dia maiores, progresso tecnológico, enfraquecimento da vida rural, são alguns dos fatores que vêm interferindo na qualidade de vida do ser humano.
Não se trata de ser contra a tecnologia, o progresso; o homem sempre precisou de ferramentas, de máquinas e estas evoluíram, facilitando seu trabalho. O que preocupa é o avanço desmedido da tecnologia que passou a invadir e substituir a mão-de-obra humana, da mais fácil à mais complexa, limitando cada dia mais nosso campo de atuação. Acrescentem-se “self services”, “peg-pag”, robôs, caixas eletrônicos, portarias eletrônicas e a vida “on-line”. Até que ponto estão sendo descartados os contatos pessoais? Não podemos esquecer que os relacionamentos humanos é que enriquecem a vida...
É preciso rever nossa vida, nosso modo de cobrar resultados e comportamentos dos outros; é preciso rever nossas manias e implicâncias nada saudáveis; não é necessário levar a vida tão a sério, principalmente em relação a coisas supérfluas ou aos resultados sonhados... “Tropeçar e cair” é realmente muito ruim, mas martirizar-se com isso é muito pior; a ordem é “levantar-se e seguir...”. Longe de considerar a vida uma brincadeira, é preciso aprender a permitir algum deslize no próprio comportamento e no dos outros; a vida acaba ficando mais leve e mais agradável.
O tempo passa rápido. Ao que vemos, a humanidade caminhou pouco nas questões profundas, fundamentais para nossa existência, mas avançou rapidamente nas questões superficiais. Como mudar isto? O que cada um de nós vai fazer diante do tempo que se abre a nossa frente?
Se Deus nos criou para a felicidade, por que é tão difícil ser verdadeiramente feliz? Complicamos nossa vida com uma série de atitudes e de comportamentos, de desejos e sonhos nem sempre necessários; muitos “lixos” vão sendo acumulados, tudo contribuindo para afastar a felicidade, obrigando-nos, depois, a correr atrás sem muitas vezes conseguir alcançá-la.
Complicar a vida não é o ideal; melhores verbos seriam simplificar, aceitar, ser humilde, ter paciência, acreditar, esperar... Não podemos nunca nos esquecer de que a vida nos é dada por Deus, mas a sua qualidade depende muito das ações humanas. Podemos ser felizes e fazer outros felizes. É a nossa missão. É uma pena que às vezes levamos a vida inteira para entender isso, estragando a nossa vida e a daqueles que julgávamos amar.
Aprender a viver é aprender a se relacionar, seja consigo mesmo, com os outros, com a natureza ou com Deus.
Resmungão, briguento, implicante, criador de caso, “arrumador” de confusão, azedo, pessimista, hipocondríaco, maníaco, chato, do contra,... Se você tem algumas dessas “qualidades”, melhor mudar; definitivamente, elas não ajudam nada na vida; pelo contrário!
Se quer qualidade de vida, faça de tudo para manter o equilíbrio, a paz e a serenidade; quanto aos problemas, trate-os antes que gerem ansiedades ou aborrecimentos mais sérios, recomendam os especialistas.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” (Cora Coralina)
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