As novas e as velhas gerações (Alguns aspectos)
As gerações novas e velhas não se encontram mais em conflitos. Apenas não se entendem completamente, sobretudo em face da diferença de idades e das avançadas tecnologias modernas, que modificaram quase tudo, revolucionando hábitos e costumes.
A começar pelo telefone, fixo e de difícil aquisição, hoje superado pelos celulares, permitindo até crianças serem portadores deles. Na tevê, filmes e gravações em DVD eram agradáveis, hoje completamente superadas com os CDs, cujas sinalizações, minúsculas e simplificadas, em seus comandos, aborrecem a vida dos idosos.
Uma de minhas netas acaba de me relatar que no curso de noções de culinária que está fazendo, estão lhe ensinando como aproveitar cascas de banana, maracujá etc., na elaboração de excelentes, pratos (salgados ou doces), o que nós, das velhas gerações, jamais teremos interesse em ingerir ou digerir.
Em certos tipos de posicionamentos, como por exemplo, sobre o namoro e casamento, as diferenças são radicais, dificilmente contornáveis. Nos velhos tempos o moço se preparava para conseguir bom emprego ou se dedicava mais aos estudos, procurando se graduar nas clássicas faculdades de medicina, engenharia, advocacia e ramificações.
Na expectativa de futuro promissor (não se esquecendo das irresistíveis e naturais atrações), se relacionava com as jovens companheiras – também estudantes dedicadas, que se aproveitavam da ainda incipiente liberação feminina na luta pela igualdade de direitos com o homem.
Casar, “conjunctio maris et feminae omnis vitae” era objetivo e sonho natural da mocidade “vibrante e sadia”, masculina e feminina. A vida se refletia num decorrer de agradável realidade e fantasias enternecedoras, consubstanciadas no caminhar tranqüilo a qualquer hora, pois ainda não haviam implodidos os assaltos (relâmpagos ou não), sequestros, drogas, traficantes et caterva.
Consolam-nos, porém, que na atualidade, jovens bem formados nas religiões cristãs católicas, embora constituam minoria, procuram respeitar o 6º mandamento e se resguardam para a vida sexual plena somente após assumirem o casamento cristão.
Há necessidade de se dar “um preste atenção” na sociedade para que deixe de ser cúmplice, “fechando os olhos” para os “cínicos namorados” frequentadores de motéis acolhedores e “lícitos.”
Para as novas gerações, portanto, o amor de toda a vida, eterno, passou a constituir efêmera união e o casamento tradicional, das gerações passadas, incorporou-se aos novos costumes como mera e remota possibilidade. Concomitantemente ao desregramento dos costumes, aumentou assustadoramente o número de assaltos, do uso de drogas, dos estupros, pedofilia, e demais anormalidades.
Isso não significa que esses pecados sensuais se encontrariam na raiz da incontornável e crescente violência que assola os dias de hoje?
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- roberto corrêa