Até quando? ...
Assuntos existem que instigam, porque acabam por transmitir efetividades que, dos próprios promotores, sabe-se logo que não vão acontecer. Pelo menos num futuro próximo.
Noticioso matutino da TV TEM, repetidora regional da Globo, produziu substancioso enfoque, em série, sobre o comércio de drogas efetivado por menores, em importante avenida de Sorocaba.
Crianças praticamente, meninas ao meio, ao esconder dinheiro e produtos no canteiro central da avenida, comerciam abertamente junto a consumidores motorizados em carros ou motos, a ponto de se enfileirarem para esse apanhado.
Tornado público o problema, a Polícia promoveu na noite de 2 de abril, uma blitz momentosa de mais de vinte veículos, entre carros e motos, com saída imponente do Quartel, para depois fixar-se no local demoradamente. Evidentemente que o aparato ilegal e ilícito não se instalara ali, nessa oportunidade. Uma tão ruidosa diligência não surpreenderia ninguém. A televisão exibiu o cortejo em toda sua pujança.
De entrevistas no local, como ninguém praticamente fora detido até porque os menores ali não mais estavam, informou-se que em paralelo já se desenvolvia um trabalho de inteligência, em andamento pois e de maior profundidade, exatamente para localizar os mentores que aliciavam menores naquele comércio. Gente do meio campo, diga-se numa linguagem nada técnica. Se desses, alguém for preso, se for... quem ignora que os de escalão maior jamais serão tocados. Tire, pois, leitor, sua própria conclusão.
No mesmo programa e mesma manhã, veio a público o problema bem antigo em torno do fornecimento de água para a cidade de Itu. Enfoque, quase sempre, de donas de casa num remoído e desesperado lamento da falta do líquido e, tanto ou mais grave, de que com frequência essa pouca água cai barrenta das torneiras. Estranho mesmo, a mexer com a ingenuidade da população, o informe de que à concessionária fora imposto o pesado encargo de ter que reduzir suas contas no percentual de cinco por cento, por algum tempo. Ai que medo!
Vem daí então aquela saudade imensa do SAE, onde empresa e usuários se conheciam de perto. Por quê, se pergunta, se impingira castigo dessa monta a Itu? Com a agravante da CAVO que pela via judicial safou-se de Itu e ainda lhe impingiu pesada indenização na via judicial. A primeira experiência, portanto, de si mesma, já deveria ter servido de lição. Mas...
Veja-se dos municípios ao redor, todos com empresas nascidas ali mesmo: Indaiatuba e Salto, como certamente outras. De centros maiores também, por sinal: Campinas e Sorocaba.
Até quando? ...
Hoje, não se fez mais aqui do que trazer ao papel notícias já veiculadas na mídia, na semana.