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Publicado: Sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ateísmo e comunismo

A religião, elo entre o homem e Deus, neste mundo moderno de avançada tecnologia, anda sendo postergada ao máximo, face à laicidade imperante que se concentra quase que exclusivamente com os cuidados materiais da vida.
 
Talvez episódios trágicos e inesperados, como esse do avião da Air France, com 228 passageiros que desapareceram no espaço, nos faça pensar mais na vida futura, na onipresença de Deus, sinalizando sobre a conveniência de nos dedicarmos um pouco mais a temas relacionados com a religião.
 
É o que faço com satisfação, ainda mais considerando que também publico meus textos no jornal católico A FEDERAÇÃO, existente há mais de cem anos na cidade de Itu, aproveitando, como leigo cristão e católico, a oportunidade de colaborar modestamente no processo de evangelização.
 
Ateísmo seria a doutrina daqueles que não acreditam na existência de Deus, aceitando talvez, a teoria da evolução das espécies, de Darwin. Na verdade, não conheço propugnadores do ateísmo, como corpo doutrinal, porém, na convivência normal, deparo com frequência com ateus assumidos, muitos, aliás, “graças a Deus”.
 
Mas a doutrina comunista f oi criadas pelos filósofos Engels e Marx no século XIX, embasada no materialismo histórico que ensina “que o fator fundamental, determinante do desenvolvimento social é o modo de produção dos bens materiais, do alimento, do vestido, do calçado... para que a sociedade possa viver e desenvolver-se... A produção dos bens materiais constitui a base permanente e indestrutível da vida da sociedade. Se a produção cessasse a sociedade desapareceria. Para o materialismo histórico o espírito não é, como ensina a teologia, uma substância própria, independente e superior à matéria, mas é, muito pelo contrário, uma substância necessariamente dependente e derivada da matéria”. (Sobral Pinto, Teologia da Libertação pg. 14/15).
 
O marxismo não tolera a religião. Marx afirma: “a verdadeira felicidade do povo exige que a religião seja suprimida enquanto felicidade ilusória do povo. Exigir que se renuncie a ilusões relativas à nossa própria situação, é exigir que se renuncie a uma situação que tem necessidade de ilusões. A crítica da religião é, então, em germe, a crítica deste vale de lágrimas de que a religião é a auréola.”“ A miséria religiosa é, de um lado, a expressão de uma miséria real e, de outro lado, o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura esmagada pela desgraça, a alma de um mundo sem coração, da mesma maneira que ela é o espírito de uma época, sem espírito, o ópio do povo. ”(Obra cit. pgs. 22/23).
 
Termino essas breves referências ao comunismo, inimigo n. 1 do Cristianismo ainda com a citação do insigne Sobral Pinto que afirma se encontrar o marxismo defronte com “duas atitudes lógicas: o combate implacável contra a religião, visando a sua destruição, e a substituição da religião pela ciência, como norma e diretriz da vida humana.” (ob. cit.pg.26)
 
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