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Publicado: Quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Bom dia

Vive-se hoje, talvez mais que qualquer outra, a era do domínio do aparelho celular.

A própria informática denota perda de espaço, conquanto se mantenha na óbvia liderança dos meios de comunicação ligeira.

Ligeira sim, porque a mais completa,  com pausas e ainda objeto de preferência – os jornais -  aqueles diários e tradicionais, a eles ainda se prendem os leitores mais idosos.

Os venerandos cidadãos além dos setenta, oitenta, desses ainda existem muitos que não trocaram o conforto das poltronas macias, para ver minuciosamente como anda o mundo. Os preclaros amigos dessa faixa etária, muitos deles até dispõem de seus celulares, mas somente para um uso comedido.

Uma vez feita essa configuração – seja dos vinculados à informática, à telefonia de mão ou dos fiéis aos jornais, - mesmo assim resulta em bloco nada positivo ao relacionamento humano. Verdade, pura verdade, é que as pessoas se apequenaram demais, ao simplesmente deixar para o último plano a conversa solta, alegre e ao vivo.

Ah, dirão, mas é preciso levar em conta que atuam nessa modalidade os eventos sociais, os teatros, as celebrações de qualquer ordem. É verdade. No entanto, o contato num conglomerado de pessoas muitas, quase tudo se restringe às duplas ou, quando muito, pequenos grupos de cinco, seis pessoas, numa roda fechada.

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Licença. O cronista vai interromper um minuto esta divagação, para atender o celular que tilinta aqui no bolso. Vou ver de que se trata e já volto. Licença, sim?

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Pronto. Estou de volta. O chamado nem era para mim. Procuravam uma tal de Célia para saber se o quilo de cebola estava mais em conta na feira ou no supermercado.

Continuemos, pois.

O que, continuemos?

Perdoem os leitores. É que tomei-lhes o tempo em demasia.  Como também já esteja eu atrasado para encaminhar o presente enfoque ao itu.com.br, compromisso semanal, na casa que de longa data me acolhe e que obviamente estimo e prezo.

Sirva então o breve colóquio de hoje, pelo menos  como um sonoro e excelente começo de dia.

Aliás, apenas 9h33 e o sol brilha a toda, neste 17 de janeiro que parece ter começado ontem.

 

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