Casamento, vidas unidas na graça de Deus!
“O que Deus uniu o homem não separe”
Deus criou o homem e a mulher, semelhantes na essência, mas diferentes biológica, psicológica, afetiva, sentimental e mesmo espiritualmente. Não fosse isso, não teria sentido a separação. Em consequência, são muitas as características que marcam a vida de um e de outro. Deus criou primeiramente o homem e logo viu que não era bom estar só, era preciso uma companheira, carne da mesma carne, osso do mesmo osso. Assim, ambos deveriam se completar para que a vida se tornasse plena. É verdade que Deus não atrofiou o instinto que rege a sexualidade animal, mas, sendo o ser humano dotado de racionalidade, esta deve se sobrepor. É muito grave para a sociedade o que acontece com o uso liberal, abusivo e irresponsável do sexo.
Certamente, não é isso que Deus espera de nós. E há quem recrimina a Igreja quando defende o sexo como algo sagrado para ser vivido de modo responsável dentro do casamento, numa vivência cristã do amor conjugal.
Quanto ao casamento, altamente banalizado na sociedade atual, precisa ser urgentemente repensado para que retome sua importância e seriedade.
Deus pensou o casamento e a família para a felicidade humana. Segundo o teólogo e escritor, José Wagner Leão, “Desde que o mundo é mundo, os homens se casam. Se casam, porque o casamento está a serviço do Plano de Deus, de conservação da espécie e formação de uma família. Porque o casamento corresponde ao anseio humano de complementação física, afetiva e espiritual”.
Cristo valorizou ao extremo a solidez da união conjugal, exaltou a indissolubilidade e elevou o casamento à dignidade de Sacramento. Celebrar o Sacramento do Matrimônio significa tornar divino o casamento humano, é construir um lar cristão, onde Deus tem presença efetiva na vida familiar.
O casamento deve ser uma união resultante da vivência profunda de um amor compartilhado, uma busca constante da unidade construída a partir das diferenças, saudáveis e enriquecedoras e que jamais podem ser anuladas. Deve ser um conhecer-se constante, um caminhar na mesma direção, uma compreensão mútua capaz de compreender, de respeitar, de ajudar, de perdoar.
Unidos, o desafio será sempre vencer as forças contrárias, decorrentes de dificuldades naturais, de temperamentos e mentalidades, da educação e das tentações do mundo.
Precisamos recuperar os casamentos estáveis e duradouros, garantindo ao casal estabilidade econômica, emocional, sentimental e espiritual. Não podemos ignorar que a saúde da sociedade depende de famílias saudáveis, bem formadas, frutos de casamentos sólidos, construídos sobre a rocha do amor e da graça de Deus.
Peçamos a Maria que oriente os jovens e os casais nessa caminhada!