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Publicado: Sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Começando Um Ano Novo

Todo o início exige entusiasmo, pois, sem essa chama que nos impele para seguir adiante, como daríamos, o arrancão da partida? Depois, passamos para a segunda marcha, terceira e assim por diante. Agora, nos primeiros dias, estamos lentos, observando o panorama de fora, sempre procurando as coisas belas e boas, nos entristecendo quando vemos coisas feias e más, desgraças, desventuras.
 
Com a tevê dentro de casa (muitos a entronizando em cada cômodo) constantemente, pelos telejornais, tomamos conhecimento de notícias de todo o mundo. Infelizmente, as mensagens e figuras enviadas por esse sistema eletrônico ultra-moderno são, em maioria, de sofrimento, dor, destruição, ódio, crimes, terror.
 
De repente, surge estalo em nossas mentes e passamos a refletir que o melhor caminho é ignorar toda essa podridão humana, plena de miserabilidade e à semelhança dos alpinistas ou montanhistas, procuremos tentar escalar não grandes montanhas, mas as enormes dificuldades do cotidiano.
 
Qual a satisfação de escalar montanhas, correndo o risco de queda e outros naturais e eventuais perigos? Talvez o exemplo dos montanhistas intrépidos possa robustecer nossos ideais de conquista, sucesso e progresso na vida. Sacrifício consciente. Fé inquebrantável. Coragem sem limites.
 
O busílis agora é entender o que seja ideal. Não vamos discorrer a respeito, mas o substituamos, para simplificar, por objetivos nobres. O estudante, por exemplo, deve cogitar como vai se dedicar mais ao estudo, programando melhor o seu horário, inclusive examinando as horas de lazer que devem ser bem equacionadas. O comerciante pensará em como cuidar melhor do seu negócio, de forma a ter mais lucros e evitar prejuízos.
 
Todos, profissionais liberais, governantes e governados têm, nesta fase inicial do ano, a oportunidade de meditarem: bons propósitos, projetos salutares, notícias alvissareiras serão sempre bem-vindas. Para os idosos, porém, a coisa parece se tornar mais difícil. Verdade que, essa palavra idoso, precisa ser bem interpretada, pois não se sabe exatamente quando o indivíduo passa a ser considerado como tal.
 
O que se nota mesmo é a discriminação (e aí os adolescentes que, no seu tempo, foram discriminados pela idade, têm a oportunidade de se “vingarem”): assim após os 65 ou 70, além das restrições físicas normais da idade, essas pessoas vão sendo marginalizadas pela sociedade jovem a ponto de, exageradamente, indagarem a si próprios : será que o desprezo dos mais novos, nos leve a considerar que a morte é boa e desejável perspectiva ?
 
De qualquer forma, porém, não podemos desanimar. Durante a monotonia da rotina da vida, que às vezes pode fatigar e nos deixar abatidos, temos de erguer a cabeça, insuflá-la de pensamentos alentadores o que, de certo modo, é mais fácil para o cristão-católico (maioria do país), pois pode recorrer sempre à oração e aos sacramentos. Tais recursos são superiores a qualquer terapia individual ou de grupo, pois transbordam de energias na comunicação direta com o Criador de todas as coisas.
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