Publicado: Sábado, 10 de setembro de 2011
Como conciliar o trabalho com os filhos
Este assunto é realmente inesgotável, e quanto mais falamos mais sentimos necessidade de falar.
Gostaria de perguntar o que você pensa sobre o fato da mulher trabalhar fora ou não e o sentimento de culpa que envolve a mãe quando sai para o trabalho e deixa o filho em casa, muitas vezes, chorando a sua presença?
Mesmo nos casos de home Office em que há compromissos a serem cumpridos e por este motivo não dá atenção suficiente para o filho e este cobra a “presença” da mãe, mesmo ela estando em casa?
Decididamente é muito difícil, pois qualquer que seja o caminho sempre haverá cobranças e a mãe sempre ficará com sentimento de culpa. Pode ser que nas próximas gerações, como estão crescendo nesta realidade, mude este paradigma (que faz parte da minha geração) de que o pai sai para trabalhar fora e que a mãe fica em casa cuidando do filho. Por isto não presenciamos pais(homens) com sentimento de culpa porque tiveram que passar a boa parte do crescimento do filho trabalhando fora para sustentá-lo. Isto faz parte do inconsciente coletivo masculino e ele não se martiriza por isto.
Sabemos também que há pais que optam por trabalhar de casa e que da mesma forma não se culpam por não dar atenção em tempo integral para o filho. É a visão masculina. Já a mulher, em razão do seu instinto maternal, se culpa a todo o momento não fazendo muita diferença se trabalha fora de casa, se trabalha de casa ou se trabalha na casa.
(Vale a ressalva de que isto também está mudando, pois o fato da mulher requisitar a participação ativa do pai durante o crescimento do filho o está aproximando cada vez mais e ocasionando reações similares.)
Me lembro que minha mãe, fanática por limpeza, fazia faxina em casa duas vezes por semana e eu e minha irmã ficávamos desesperadas porque “dia de faxina era dia de levar bronca dobrada”, pois ela ficava exausta e ainda por cima cobrava as gavetas desarrumadas, o brinquedo fora do lugar e blá, blá, blá. Ela trabalhava na casa e estava sempre focada em nós que, sinceramente, preferíamos que ela fosse um pouco mais ausente! Filho tem sempre algo para reclamar!
Acredito que esta nova geração, fruto de mães e pais trabalhadores, seja dentro ou fora de casa, crescerá com uma nova visão de atenção onde o ser presente independa do estar presente. Os mais diferentes veículos de comunicação poderão amenizar a presença física fazendo com que, no momento em que ela se faz presente, seja intensa não deixando lacunas de desafeto.
O mais importante é conservar a chama do bem-querer sempre acesa e partilhar com o filho qual a realidade da família. Ele tem que entender que haverá momentos de lazer e que haverá momentos de trabalho e que tanto um quanto o outro deverá ser respeitado por cada um dos membros da família.
Esta parceria é essencial.
E você, passa por situações similares? O que pensa sobre o assunto?
Aguardo sua participação!
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