Publicado: Terça-feira, 7 de agosto de 2007
Como vai a formação dos profissionais da educação?
Informação globalizada, computador como instrumento pedagógico, apostilas, salas de vídeos e tantos outros recursos à disposição da educação, e o professor, figura responsável pela mediação entre o conhecimento e o aprendiz permanece frágil e muitas vezes à procura de sua identidade como educador. Isto porque os cursos de formação destes profissionais ainda não se sedimentaram sobre uma linha real de aplicabilidade.
A presidente da Associação Nacional pela Formação de Profissionais da Educação (Anfope) Helena de Freitas diz que “Ainda não há uma política nacional de formação e valorização do magistério”.
A exigência de se ter professores graduados para exercer o ensino nas séries iniciais do fundamental propiciou a proliferação de instituições particulares a qual muitas não cumprem sequer a carga horária prevista em lei.
Que respaldo terá então o professor diante das diversidades, das dificuldades de aprendizagem, da alfabetização?
Diante da velocidade das informações como poderá o professor conduzir seus alunos numa visão crítica dos fatos se a ele falta visão geral da realidade. Como irá conduzir os alunos ao raciocínio amplo se ele não detém a flexibilidade do seu próprio raciocínio. Como poderá o professor ensinar aquilo que ele não domina?
O professor precisa constantemente construir novos conhecimentos e conseqüentemente obter novas ferramentas de trabalho. A atualização constante é uma condição para o professor contemporâneo que deve ter como objetivo a busca de caminhos, procedimentos e recursos que venham a corroborar o seu desempenho em sala de aula. Estas atualizações devem partir do próprio professor frente às principais dificuldades e necessidades enfrentadas por ele em classe.
A escola também deve promover reuniões entre os professores e coordenadores para discutir questões relacionadas ao embasamento que venha a fundamentar a prática pedagógica. Estes encontros propiciam, acima de tudo, o compartilhar diferentes visões, o aprender com o outro propiciando uma cumplicidade generosa focando um único objetivo: o crescimento da profissão.
Estas são medidas simples que fazem toda a diferença tanto para o professor quanto para o aluno que se sentirá motivado para a aprendizagem, além de melhorar consideravelmente, a qualidade dos processos educativos.
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