Comunismo e Teologia da Libertação
“A fumaça de satanás” penetrou na Igreja já mencionava o Papa Paulo VI em alocução de 29/6/1972. O fato é que, em 6 de agosto de 1984, a Sagrada Congregação para a doutrina da fé editou instrução sobra alguns aspectos da Teologia da Libertação (cfr.www.vatiacan.va, 18pgs) das quais saliento alguns tópicos suficientes para ressaltar a condenação dessa teologia.
Transcrevo:
“Mas as teologias da libertação... passam a fazer um amálgama pernicioso entre o pobre da Escritura e o proletariado de Marx. Perverte-se deste modo o sentido cristão do pobre e o combate pelos direitos do pobre transforma-se em combate de classes na perspectiva ideológica da luta de classes.
A Igreja dos pobres significa então Igreja classista, que tomou consciência das necessidades da luta revolucionaria como etapa para a libertação e que celebra essa libertação em sua liturgia...
As teologias da libertação, a que aqui nos referimos, porém, entendem por Igreja do Povo a Igreja da luta libertadora organizada.
O povo assim entendido chega mesmo a tornar-se para alguns, objeto de fé... Teologicamente, esta posição equivale a afirmar que o povo é a fonte dos ministérios, e portanto pode dotar-se de ministros à sua escolha, de acordo com as necessidades de sua missão revolucionária histórica.”
Nós leigos cristãos, que também temos obrigação de propagar a fé e defendê-la dos energúmenos que a vilipendiam ou a atacam constantemente nos sentimos inclinados a dialogar, nobre maneira de tentar projetar alguma luz para os menos esclarecidos e argumentar com os prevenidos adversários.
Para tanto, no caso, nada melhor do que voltarmos a nos valer dos ensinamentos do eminente jurista e líder católico H. Sobral Pinto em seu livro Teologia da Libertação, que doutrina ser um absurdo certos teólogos aceitarem a teoria do materialismo histórico cuja base é a negação de Deus.
Em linhas anteriores afirma: “o marxismo, além de materialista, proclama que a religião, qualquer que seja, é invenção do homem, e fonte permanente de felicidades ilusórias, devendo ser, por isto, destruída em nome da ciência.” (Pg.21).
“A religião é o ópio do povo. Esta sentença de Marx constitui a pedra angular de toda a concepção marxista em matéria de religião... O marxismo vai mais longe, ele diz: é preciso saber lutar contra a religião; ora, para isto é preciso explicar, no sentido materialista, a fonte da fé e a religião das massas. Não se deve confinar a luta contra a religião numa pregação ideológica abstrata; não se deve reduzi-la a uma pregação desta natureza; é preciso ligar esta luta à prática concreta do movimento de classe, visando a fazer desaparecer as raízes sociais da religião.”
A configuração da religião pelo marxismo obriga-o, coerente e necessariamente a duas atitudes lógicas: “o combate implacável contra a religião, visando sua destruição, e a substituição da religião pela ciência, como norma e diretriz da via humana” (Ob.cit. pgs. 25/26, negritos nossos).