Congestionamentos
Nestes dias chuvosos, problema de todas as cidades, em Itu ele tem facetas peculiares, em função de que boa parte das ruas centrais são estreitas.
Ninguém ignora que a cada dia mais veículos entram em circulação.
Um e outros fatos aparecem então para complicar ainda mais os pontos vários de estrangulamentos.
Nos cruzamentos ou entroncamentos com suas esquinas sinalizadas, até que parcialmente, se trata de problema não tão acentuado.
Mas, como ficam os cruzamentos em esquinas desprovidas de sinalização?
Em todas as cidades para onde você vá – quase todas para não exagerar – existe nesses pontos um guarda providencialmente localizado para ordenar e conduzir o fluxo. Em Itu, só eventualmente ou em dias de festa.
É o que, por exemplo, faz tremenda falta em toda a Garcia Moreno, desde a esquina dos Correios até as da Santa Rita e Santa Cruz. Vira uma balbúrdia.
Muito pior, uma outra esquina, clássico ponto de desorganização viária, a da Madre Teodora com a rua Santa Rita. Sem se falar que quando na Santa Rita se forma um cortejo desde a sinaleira da Sete de Setembro e com que simplesmente se fecha a subida da Madre Teodora, quem vem subindo a Santa Rita, frequentemente, parado o trânsito à sua frente, ele não se peja nem titubeia em postar seu veículo bem na passagem. E aí provoca uma paradeira total e irritantemente longa.
O famoso calçadão que não sai mesmo – o calçadão cruzado – Floriano com Sete de Setembro, obrigaria todos os veículos a buscarem outros escoamentos e o amontoado se dividiria pelos arredores de Itu.
Esta solução ideal de oferecer aos pedestres de se locomover livremente pelo centro comercial, com o que as lojas ganhariam e não seriam prejudicadas como receiam, isso tudo vai ficar por conta das calendas de não se sabe quando.
Tudo o que foi dito até aqui, portanto, se consuma numa espécie de apelo a que guardas orientadores do trânsito sejam designados para esses pontos cruciais, nos dias e horários do chamado pico. E que tal providência fosse tomada em definitivo, como um programa fixo.
Evidentemente que o presente comentário parte de um leigo no assunto, talvez até sem condição de fazer sugestões numa área eminentemente técnica, mas que também em verdade, como todos os condutores, sofre os efeitos de um problema antigo e constante. Descobrir um sistema viário ideal para Itu, só se vier da cartola de um mágico. Mesmo assim – e é nisso que se insiste – que olhos competentes e responsáveis disponibilizem policiais aptos a colaborar com a população.
Uma ajuda eficiente, contudo, pode vir dos próprios motoristas. Já se falou ali atrás do cidadão que, com o trânsito parado, simplesmente fecha a passagem da Madre Teodora na altura da Santa Rita e também da Floriano.
Com um pouco de raciocínio, que também o próprio motorista evite a passagem pelo centro toda vez que algum ponto dos arreadores da cidade seja o destino. Nesses casos, ao evitar meter-se no meio do congestionamento, que tem dias e horas certas para acontecer, ajuda muito.
Um exemplo só, clássico: você, na Santa Cruz e com destino ao Bairro Alto: desça mais um pouco, faça um contorno e ganhe a rua dos Andradas. Vai chegar mais depressa do que insistir pela Madre Teodora.
E outras situações análogas e semelhantes de desvios providenciais.
Resta por fim, plenamente válida, a máxima de que o caminho mais curto nem sempre é o mais prático.
Que entre as medidas oficiais e a boa vontade dos condutores, surja uma situação que amenize o trânsito e que todos ganhem uns minutos a mais, nos dias cada vez mais curtos da atualidade.
Engraçado que o dia continua a ter 24 horas.
Ninguém o encurtou.
Cada um e todos é que se encheram em demasia com encargos além do possível e do recomendável.
E sempre com muita, muita pressa.
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- bernardo campos