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Publicado: Quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Continuísmo indefinido

Ao que parece, paramos no tempo. Inclusive as chuvas, aqui no sudeste não acontecem faz boa temporada e o sol é contínuo e límpido. Com isso, temos de nos conformar também com o rotineiro cotidiano que, felizmente não é igual para todos, pois dissabores e contrariedades, inclusive doenças, podem afetar de forma diferente os contemporâneos. Não vejo, no âmbito geral, boas perspectivas que venham favorecer o grosso da população. 

A época é de eleições, em processo demorado e desgastante que, ao que tudo indica, virá favorecer o continuísmo, ou seja, nada deverá mudar, inclusive  a rotina que deixa de nos agradar, sobretudo porque impregnada de inarredáveis violências, psicológicas ou reais, impeditivas da tranquilidade e da paz.

A tevê Bandeirantes, em seu jornal (1ª quinzena de setembro), exibiu série de reportagens sobre Portugal, em itinerários sobre posadas, conventos e igrejas de séculos passados, nos oferecendo oportunidade para interessantes reflexões.

Mostrou, por exemplo, uma capela, totalmente revestida de ossos humanos que muitos, como eu, deixaram de fixar o olhar, tão estranha e desagradável realidade para se encarar! Mas, a profunda mensagem de seus idealizadores, no sentido de refletirmos sobre a brevidade da vida e o destino que aguardam nossos corpos após a morte, deveria ser considerada com mais frequência em nossos tempos. Sobretudo no sentido de tentar sensibilizar as gerações mais novas que precisam ser reeducadas, dentro do cristianismo, hoje em acentuado declínio, como, sem querer, mais uma vez, pude constatar pela leitura no Correio Popular de 19/9/2010 e “Estadão” de 20/9/10 do artigo Máquina de Preservativos, de conhecido articulista!

Esse texto, em suas entrelinhas, se acomoda plenamente com um dos continuísmos que a sociedade convive como o do grave problema sexual, sobretudo com referência aos adolescentes. Comentando o assunto com amigo de mesma crença e ideais, disse-me com pleno acerto que querem reduzir os Dez Mandamentos a Nove, suprimindo-se o sexto, não pecar contra a castidade.

Parece-me que essa tendência já está declarada há bastante tempo, tanto é que “as forças camufladas” se encorajam e se exteriorizam cada vez mais, como neste caso de implantação de máquinas de preservativos nas escolas! Os acomodados cristãos, com o pé em duas canoas, estimulados a servir “os dois senhores” de que falam os Evangelhos, se encontram titubeantes em tomar clara e firme decisão no delicado e grave problema.

O momento mais uma vez, é de oração. Cristianismo é fé. E a fé nos tranqüiliza nos orientando que Deus é o grande provedor e no momento certo deverá intervir solucionando de vez os impasses que nos preocupam.

As nossas súplicas deverão ser atendidas pela misericórdia divina, gerando a paz que tanto almejamos. Quem sabe, para ajudar nossas preces, seja conveniente acessarmos o site da Band e rever a reportagem sobre Portugal e a capela construída com ossos humanos...

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