Contra a rivalidade infantil
O presidente Lula formou cadeia de rádio e televisão para pedir a todos que se comportem com maturidade diante do mandato da nova presidente. O medo de Luiz Inácio é que o clima de animosidade das eleições de outubro perdure e atrapalhe o andamento da agenda nacional.
Podemos agir com maturidade, tanto para criticar quanto para elogiar as medidas do novo governo. Particularmente, fico incomodado com as sinalizações de que o ex-ministro Palocci (da Economia) integre o governo Dilma como ministro da Casa Civil. Não esqueci a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo e as denúncias contra Palocci em Ribeirão Preto (SP), sua base política.
Sim, Palocci foi um bom ministro naqueles anos. Mas pisou feio na bola e certamente eu não o escolheria para compor meu governo. Bem fez o José Dirceu, de quem tanto falaram durante a campanha eleitoral: “Não quero, não posso e não devo”, respondeu a quem lhe perguntou sobre sua aceitação de qualquer cargo no novo governo.
Como já tenho comentado com amigos e conhecidos, tucanos e petistas, demos e verdes, é hora de deixar o revanchismo de lado e iniciar uma mobilização que seja realmente construtiva. Uma boa oportunidade para isso será um protesto suprapartidário de toda a sociedade, caso o Congresso Nacional insista mesmo em ressuscitar a CPMF, conhecido como o terrível imposto do cheque.
Quando a sociedade se une, mostra sua força. Quanto a sociedade grita, deputados e senadores tremem. Em vez de ficarmos gritando uns contra os outros por conta de rivalidades infantis e infrutíferas, devemos começar a gastar o gogó em algo que valha a pena.
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