Publicado: Segunda-feira, 21 de julho de 2008
Convém que Cristo reine!
Se queremos o bem das pessoas e dos povos, temos que viver na Verdade e no Amor.
Pode até ser redundante e repetitivo falarmos do Reino de Deus, de suas características e de seu paralelo com o reino em que vivemos. Sabemos de sã consciência que pouco ou nada têm eles em comum, a não ser o povo, bastante igual ao longo da história: lutas, conquistas, opressões, domínios, poder, injustiças, perseguições, mortes, sofrimentos... tudo indicando que, apesar da clareza com que Deus se revela aos homens, seu Reino ainda é um sonho.
Vemos nos relatos das Sagradas Escrituras o povo de Deus, um povo de coração duro, teimoso e muito vulnerável ao modo pagão de viver e governar.
Ainda bem que Deus não desiste de nós...
Lemos ou ouvimos muitas vezes que o Reino de Deus está próximo, querendo nos parecer que na verdade está disponível para nós, desde que o aceitemos e passemos a vivê-lo concretamente.
Sem dúvida, precisamos de governo, de autoridades, que deveriam ser verdadeiros “representantes” de Deus, responsáveis pela paz e pela justiça entre os povos. Infelizmente, na grande maioria, não é isso que tem acontecido: falta sintonia entre os interesses dos governantes e governados; falta seriedade na administração das necessidades do povo; descuida-se da moral; faltam leis mais naturais e cristãs.
Por isso, a Igreja continua pregando: “Jesus é o nosso verdadeiro Rei e o Amor, a sua lei”.
Sem dúvida, precisamos de “Reis” diferentes, comprometidos com Deus e com os homens e, então, teríamos a riqueza beneficiando a todos, a ordem mantida sem uso da força, um progresso mais humano; o fim da guerra, do ódio, da inveja e da ganância... a Paz.
Entretanto, nem tudo é culpa dos maus “reis” que têm governado o povo; muita coisa depende de nós, mas muitas vezes nos acomodamos e preferimos deixar como está...
A verdade é que Cristo é Rei, mas seu reinado não guarda nenhuma semelhança com o que vemos. Um rei diferente, que não quis nada para si, nem honras, nem glórias, muito menos regalias; não aspirou ao poder político; não se valeu da força para dominar, mas para servir. Enfim, um Rei humilde, manso, pacífico. Mexeu com as estruturas viciadas e corrompidas da época, sofreu tudo na pele, mas deixou marcas indeléveis; à sua maneira mudou pessoas e o mundo. Não é à toa que o tempo passa, mas Ele permanece conosco, vivo e atuante na história.
Convém que Cristo reine: na nossa inteligência, para que seja iluminada pelas verdades reveladas e pela Sua doutrina; na nossa vontade, para que seja regulada pelas leis e preceitos divinos; no coração dos homens, para que este seja ninho do Amor e da graça; finalmente, é necessário que Ele reine em nossas famílias e nossas comunidades.
Bendito seja o seu Reino definitivo e que não tarde a chegar! Reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz. Reino dominado por um amor exigente que tenha, como escreve o apóstolo Paulo, as características da paciência, da benignidade e da esperança (cf. 1 Cor 13, 4.7).
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