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Publicado: Sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Convivendo com as discriminações

Ao falar ou escrever sobre discriminações, ouvidos e olhos se alargam porque imaginamos ou supomos, de imediato, que o assunto será controvertido ou polêmico. 

De nada disso, porém, estou cogitando. O pensamento me afluiu considerando a imensa população que vive com reduzida parcela de numerário, como as empregadas domésticas, os trabalhadores e aposentados com pequenos salários e assim por diante. 

Na verdade, a maioria trabalha com entusiasmo decorrente da juventude que carrega nos ombros (não esquecer que a população jovem predomina no país) e desta forma, num viver discriminado, na verdade pobre, tem de se contentar com a situação que dignamente frui. Aí, ao invés de discriminação, devíamos encaixar o vocábulo desigualdade.

Mas, voltando à discriminação, queremos nos referir agora a algumas das múltiplas ou diversas situações, inatas ou não, que podem ocorrer na espécie humana: ser homem, mulher, criança, jovem, negro, oriental, baixo, feio, alto, bonito, paraplégico, deficiente visual, etc. etc. 

Todos se encontram integrados na vida comum e social e nesta, por preceito constitucional não podem sofrer quaisquer discriminações com relação aos seus direitos, iguais aos demais cidadãos. 

O enfoque da crônica ou artigo é salientar que tais discriminações, por serem naturais ou conseqüências de acontecimentos irreversíveis (desastres), existirão sempre, e também as desigualdades, de maneira que não é correto propugnar pelos seus desaparecimentos, como se tal fosse uma injustiça sanável.

A Constituição, aliás, em seu artigo 3º, prescreve que um dos objetivos da República Federativa do Brasil é de que as desigualdades sociais e regionais sejam reduzidas. Ainda bem que o texto não fala em desigualdades individuais, porque estas, de forma alguma podem ser reduzidas, pois cada ser humano nasceu com talentos desiguais conferidos por Deus. 

Neste ponto, o articulista se sente obrigado a dizer algumas palavrinhas a favor do indivíduo, ultimamente muito desconsiderado pelos socialistas “extremados”, digo, apaixonados pelas comunidades, dando a entender, ao que parece, que a vida futura feliz somente será concedida aos integrantes desses organismos. 

Precisamos insistir que é o indivíduo que nasce e que ao morrer, será julgado pelas boas ou más ações que praticou em sua vida. A comunidade não nasce nem morre, mas é criação do indivíduo, não de Deus, podendo deixar de existir a qualquer tempo caso mostre sua inutilidade.

Conclusão: tratemos de seguir a meta do aperfeiçoamento individual, indicada pelo Mestre, não nos iludindo com a cantilena dos pregoeiros maquiavélicos que volta e meia falam em preconceitos discriminatórios, desigualdades incompatíveis, et caterva, para tumultuar o ambiente tramando reivindicações ilegais ou absurdas. 

A redução das desigualdades deve ocorrer no setor econômico-financeiro com aumento do PIB e adequada distribuição de rendas.

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