Descaso no Cinema em Itu (De Novo)
Tenho recebido muitas reclamações, de maneiras diversas, a respeito de mais um descaso do Cine Araújo na administração das salas de cinema em Itu.
Desta feita, os protestos acontecem com a decisão unilateral de exibir apenas o mais recente filme da Saga Crepúsculo em "todas" as três salas existentes no shopping local.
Não entrarei na questão da qualidade dos filmes da Saga Crepúsculo. Apesar de achar meio metrossexual isso de vampiros brilharem qual diamante, assisti os primeiros dois da série e até que não são ruins. Mas a grande questão que tem gerado insatisfação nos habitantes de Itu é, novamente, a falta de opções.
Quando se fala em comércio e serviços no século 21, os consumidores querem ter direito de comparação e escolha. São exigentess e reagem quando se sentem lesados. Assim, o Cine Araújo desrespeita seus clientes ao não conceder opções.
É compreensivel que qualquer tipo de negócio visa o lucro máximo possível. Com os cinemas também deve ser assim. Mas há o diferencial em relação ao produto, que não pode ser simplesmente empurrado goela à baixo dos consumidores.
Ao desconsiderar todos os seus clientes que gostariam de ver outro filme que não o da turminha de vampiros moderninhos, o Cine Araújo mostra que prefere o dinheiro à satisfação de todos, o lucro maior em detrimento de uma parcela de seus clientes.
É chato constatar que a mesma empresa administra salas de cinema na vizinha Indaiatuba, mas lá o tratamento aos cinéfilos é bem diferente. Lá há opções de filmes, de legendas e de horários. Parece que os ituanos não merecem tratamento tão bom assim...
Além dos clientes, quem perde com todo esse buxixo é o shopping. Quem deseja pegar um cineminha nessas circusntâncias, acaba indo para Sorocaba, Indaiatuba, Campinas ou São Paulo. E com esses vai-se o dinheiro e as eventuais compras também. Vai para o lixo qualquer campanha publicitária dos comerciantes no tipo "Compre em Itu, presitigie o nosso comércio".
E o shopping perde também com a publicidade negativa. Por mínimas que sejam, essas reclamações boca a boca geram danos à imagem da instituição. Afinal, de que vale ter uma das árvores de Natal mais altas do país se não tem sequer um cinema que respeita seus consumidores?