Desta vez, um papo ligeiro
Enquanto apreciada a comida japonesa em casa, eu, particularmente não me afeiçoo a ela.
Hora do almoço, a esmo no centro de Tokio, deparo com um cartaz a exibir um prato de camarões pequenos. Um fino restaurante, de nome Panda. Todo cheio de requintes, algo para o que se esmeram e até extrapolam os japoneses. Camarãozinho frito, hummm. Mas, surpresa! Só parecia frito na figura. Veio arrumadinho, porém praticamente cru, com um molho não sei de que, bem apimentado. Até deu para quebrar o galho. Ufa!
No mais, como de outras situações parecidas, solicitei o talher tradicional porque não consigo mesmo segurar os palitos. Caipira assumido.
Uma dificuldade consagrada é a da comunicação. Não tem jeito. A gente não consegue se explicar, embora se esbalde nos gestos e figurações. Uma vez feita a pergunta cheia de sinais, vem a resposta, da qual não se entende patavina. Sobram daí, pelo menos, das duas partes, os risos. E só.
Inapelavelmente atraído pelos artigos em liquidação, o turista compra, compra, compra. Certa hora, ao pensar na mala, promete: chega!
No dia seguinte, aquela camisa por menos de trinta reais, na conversão do yen para o dinheiro nosso. Como resistir? E tudo recomeça.
Quem deve mesmo fazer a festa aqui, é o americano, com o dólar nas alturas.
Como, na condição de jornalista, consegui obter a muito custo um visto duplo junto ao rigoroso Consulado. O prazo normal, de 30 dias, poderia ser renovado com nova entrada. A partir do dia 5 próximo, deverei passar uns dias em Seul, bem perto. Assim, na volta, fica justificada a extensão do prazo, pela segunda entrada.
Esse estratagema fora idealizado, a princípio, através de uma ida à Tailândia, não realizada entanto por causa de alguns contratempos.
Na verdade – e para variar - este brevíssimo texto, foi escrito sobre pedaço de papel após o almoço acima citado e só foi possível remetê-lo agora à noite, aqui, 29 de agosto, nos seus minutos derradeiros.
Que pena.
Tomara chegue a tempo.
Depois tem mais.